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Itaú (ITUB4): Goldman vê rentabilidade elevada e reforça preferência

O banco norte-americano manteve a recomendação de compra para o Itaú (ITUB4), mas rebaixou o preço-alvo de R$ 43 para R$ 38

Itaú
Itaú (ITUB4) / Foto: Divulgação

A posição do Goldman Sachs referente ao Itaú Unibanco (ITUB4), como ação preferida do setor, foi reforçada em recente relatório. Isto por conta da incerteza macroeconômica, exacerbada pela significativa desvalorização cambial. O banco norte-americano manteve a recomendação de compra, mas rebaixou o preço-alvo de R$ 43 para R$ 38.

O Goldman Sachs destacou que o índice de inadimplência (NPL) de 90 dias da indústria tem alta correlação negativa (-78%) com a taxa Selic defasada em seis meses. Ainda assim, o banco não prevê uma deterioração significativa na qualidade dos ativos dos bancos sob sua cobertura.

A relação negativa entre o NPL e a Selic, na visão da instituição, sugere certa pressão sobre os NPLs até meados de 2025, com previsão de pico no 4T25.

No entanto, por outro lado, o suporte para a qualidade dos ativos segue firme por conta do desemprego em níveis historicamente baixos e expectativas de inflação ainda relativamente controladas, de acordo com o “InfoMoney”.

Sendo assim, o Itaú aparece bem posicionado para aumentar o ROE (retorno sobre patrimônio líquido) este ano, segundo a equipe de research. Isto levaria a empresa ao maior nível da região, beneficiando-se de pagamentos adicionais de dividendos devido ao capital excedente, além de um crescimento adicional nos lucros.

Um crescimento saudável deve beneficiar o Itaú nos empréstimos e de uma razoável expansão da margem financeira líquida (NIM), segundo relatório, enquanto a qualidade dos ativos permanece sob controle.

Além disso, a crença dos analistas do Goldman é que muitos riscos já estão refletidos em sua avaliação descontada, pelo fato da ação do Itaú estar negociando bem abaixo dos níveis históricos de 6,6 vezes Preço/Lucro estimado para 2025.

Quanto aos outros papéis dos bancos tradicionais brasileiros, a equipe do Goldman Sachs manteve recomendação de compra para Bradesco (BBDC4), mas reduziu o preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 14.

No entanto, para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), o Goldman tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 25, ao passo que recomenda a venda para o Santander Brasil (SANB11), com preço-alvo de R$ 23.

A visão otimista segue para os bancos digitais, como Nubank (ROXO34) e Inter (INBR32).

Itaú BBA: relatório com principais títulos públicos e incentivados

Itaú BBA emitiu em seu relatório de renda fixa, que as melhores estratégias de investimentos em títulos públicos e incentivados são aqueles atrelados à taxa de juros e em créditos privados isentos.

Há um cenário desafiador para títulos atrelados a inflação (IPCA+) e juros que estabilizam em patamares bem acima dos níveis de equilíbrio (3,5% a.a. para inflação e 9,0% para Selic), como apontou o banco em relatório.

Títulos Públicos

Veja os títulos públicos escolhidos pelo banco:

  • Pós-fixados: Tesouro Selic 2027, com taxa de negociação Selic+ 0,0357%
  • Prefixado: Tesouro Prefixado 2027, com taxa de negociação de 15,47%
  • IPCA+: Tesouro IPCA+2029, com taxa de negociação IPCA+7,72% e Tesouro IPCA+2045, com taxa de negociação IPCA+7,25%

Crédito Privado Incentivado

Veja também as indicações de janeiro em crédito privado

Público geral

  • Debênture da Rumo (BVMF:RAIL3), com taxa de negociação IPCA+7,1 e vencimento em 2029
  • Debêntures da Águas do Rio, com taxas IPCA+8,1% e vencimento em 2034; IPCA+8% e vencimento em 2034; e IPCA+8,4% e vencimento em 2042
  • Debênture Rio+Saneamento, com taxa IPCA+8,2% e vencimento em 2043