Captação de recursos

Itaúsa (ITSA4): conselho aprova emissão de R$ 1,3 bi em debêntures

Com os recursos, a holding pretende financiar a recompra de outros títulos, emitidos em 2020, e que venceriam em 2030

Itaúsa
Foto: Divulgação

O conselho de administração da Itaúsa (ITSA4) aprovou, na terça-feira (23), a emissão de R$ 1,3 bilhão em debêntures. A oferta deve ocorrer nos próximos dias.

A holding pretende financiar com os recursos a recompra de outros títulos, emitidos em 2020, e que venceriam em 2030.

Os papéis terão vencimento em 2034, com amortizações em 2032 e 2033. A remuneração será equivalente a DI com spread de 0,88%.

As debêntures que serão recompradas, que fazem parte da 3ª emissão da companhia, têm remuneração de 100% do CDI + 2,4% ao ano.

Segundo a Itaúsa, com a troca dos títulos, o custo médio das dívidas passará de CDI + 1,98% para CDI + 1,54% ao ano. A medida também permitirá alongar o prazo médio em aproximadamente um ano.

Itaúsa (ITSA4) no 1TRI24: resultado foi ‘positivo’, puxado pelo banco Itaú

O balanço de resultados da Itaúsa (ITSA4) referente ao primeiro trimestre de 2024 foi, na avaliação dos especialistas ouvidos pelo BP Money, positivo.

No primeiro trimestre de 2024 (1T24), a Itaúsa (ITSA4), holding controladora do banco Itaú (ITUB4), registrou um aumento de 38,1% no lucro líquido recorrente em comparação com o mesmo período de 2023, passando de R$ 2,595 bilhões para R$ 3,585 bilhões.

Para Matheus Nascimento, analista da Levante, o resultado foi influenciado, principalmente, pelo desempenho robusto do banco, “que segue perfomando muito bem no atual cenário”.

“O desempenho financeiro da holding também foi positivo, dado que houveram menores despesas no comparativo trimestral e anual. Vale comentar que o desempenho da Alpargatas foi positivo, após alguns trimestres desafiadores. Os volumes de vendas sendo retomados e disciplina nos custos e despesas tornaram os números atrativos”, destaca Nacimento.

Milton Rabelo, da Vg Research, chama atenção para a evolução nos lucros e rentabilidade sobre o patrimônio líquido da empresa, além de forte diminuição do endividamento líquido, “em função, sobretudo da venda das ações da XP no mercado”.

“Essas vendas das ações da XP realizadas gradualmente nos últimos anos foram decisivas para o processo de desalavancagem da holding e para aumento da distribuição de proventos aos acionistas”, pontua Rabelo.

Além disso, ressalta Milton, o atual desconto de holding da Itaúsa segue em “patamares elevados”, apesar do encaminhamento da reforma tributária no Congresso.

“Vale lembrar que a reforma tributária deve reduzir determinadas ineficiências tributárias, o que tende a gerar valor aos acionistas das holdings numa perspectiva de médio prazo”, explica o analista da Vg Research.

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