A Itaúsa (ITSA4), holding que controla o banco Itaú (ITUB4), apresentou ao mercado, na noite de segunda-feira (13), os resultados referente ao balanço do terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 4,6 milhões.
De acordo com a Itaúsa, este é o maior lucro recorrente já registrado, representando um crescimento de 29% em comparação ao mesmo período de 2022.
O desempenho é “reflexo da solidez e resiliência do portfólio, além do impacto positivo a valor de mercado da XP Inc.”, acrescentou a companhia.
O lucro líquido não recorrente atingiu R$ 4 bilhões, registrando um aumento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O terceiro trimestre foi caracterizado pela busca pela desalavancagem, conforme destacado por Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, considerando o cenário macroeconômico desafiador tanto em âmbito local quanto internacional.
O resultado recorrente das empresas nas quais a Itaúsa possui investimentos alcançou R$ 4,4 bilhões, apresentando um crescimento de 23% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelos resultados positivos do Itaú Unibanco, Copa Energia, Grupo CCR e Aegea, além do impacto positivo da participação na XP.
Outros dados de Itaúsa
Prosseguindo com a estratégia de otimização de alocação de capital, a holding efetuou a venda de 8,7 milhões de ações classe A da XP Inc., alcançando um montante aproximado de R$ 1 bilhão. Com essa transação, a participação da holding no capital da XP Inc. foi reduzida para 2,7%.
Os recursos provenientes das vendas foram direcionados para fortalecer o caixa e implementar a estratégia de desalavancagem. Consequentemente, até o final de setembro, foi efetuada a amortização antecipada de 60% das debêntures da 1ª série da 5ª emissão, totalizando aproximadamente R$ 1,6 bilhão.
O valor de mercado do portfólio registrou uma diminuição de 6%, atingindo R$ 109,7 bilhões, ao passo que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) em relação à média do Patrimônio Líquido aumentou 0,3 ponto percentual, alcançando 20,9%.
O endividamento líquido da companhia caiu 70,3% em relação ao ano passado, ficando em R$ 1,7 bilhões ante os R$ 5,8 bilhões observados no terceiro trimestre de 2022, “coerente com o momento de estratégia de desalavancagem da companhia”.
No segmento não financeiro, a empresa registrou uma queda de 109%, destacando-se principalmente pelo prejuízo apresentado pela NTS, que reverteu um lucro de R$ 402 milhões para um montante negativo de R$ 238 milhões. O desempenho de outras empresas do grupo, como Alpargatas e Dexco, também contribuiu para quedas discretas que impactaram o resultado.
Pagamento de proventos
A Itaúsa comunicou que realizará o pagamento de proventos trimestrais a partir de 2 de janeiro de 2024, por meio de Juros sobre o Capital Próprio (JCP), no montante de R$ 0,0235295 por ação. Vale destacar que haverá uma retenção de 15% de imposto de renda, resultando em juros líquidos de R$ 0,02 por ação.
Os juros, concedidos como antecipação do dividendo obrigatório referente ao exercício de 2023, serão calculados com base na posição acionária final registrada em 30 de novembro de 2023. A distribuição individualizada desses juros será creditada em 20 de dezembro.