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Itaúsa (ITSA4) vende mais R$ 900 milhões em XP; overhang chega ao fim

O negócio representa o nono block trade da Itaúsa desde o início do processo de desinvestimento em sua participação na XP

A Itaúsa (ITSA4) comunicou ao mercado, a venda de mais uma parte de sua posição na XP, levantando US$ 185 milhões e, na prática, colocando fim ao overhang que pesava sobre o papel.

O negócio representa o nono block trade da Itaúsa desde o início do processo de desinvestimento em sua participação na XP, sendo o quinto coordenado pelo Bank of America.

Nesta ocasião, a Itaúsa negociou a venda de 8 milhões de ações Classe A da XP a um preço de US$ 23,25, apenas seis centavos abaixo do valor de fechamento atual de US$ 23,31.

A demanda foi dividida quase igualmente entre investidores locais e internacionais, e a alocação estava em andamento no momento da publicação desta nota. Diferentemente das transações anteriores, este bloco não impôs um período de restrição aos compradores (lock-up).

Após a conclusão da venda desta quinta-feira (16), a Itaúsa ainda detém 6,7 milhões de ações da XP, o que corresponde a cerca de um dia de volume médio de negociação do papel.

O fechamento do dia na Nasdaq avaliou a XP em US$ 12,75 bilhões.

A empresa liderada por Guilherme Benchimol readquiriu R$ 916 milhões de suas próprias ações no primeiro trimestre. Posteriormente, distribuiu dividendos de US$ 0,58 por ação em setembro e anunciou mais US$ 0,73 por ação na semana passada, totalizando R$ 3,6 bilhões em dividendos ao longo deste ano.

Itaúsa (ITSA4) tem lucro recorrente de R$ 4,6 bi no 3T23 e anuncia proventos 

Itaúsa (ITSA4), holding que controla o banco Itaú (ITUB4), apresentou ao mercado, na noite de segunda-feira (13), os resultados referente ao balanço do terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia apresentou um lucro líquido recorrente de R$ 4,6 milhões.

De acordo com a Itaúsa, este é o maior lucro recorrente já registrado, representando um crescimento de 29% em comparação ao mesmo período de 2022.

O desempenho é “reflexo da solidez e resiliência do portfólio, além do impacto positivo a valor de mercado da XP Inc.”, acrescentou a companhia.

O lucro líquido não recorrente atingiu R$ 4 bilhões, registrando um aumento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O terceiro trimestre foi caracterizado pela busca pela desalavancagem, conforme destacado por Alfredo Setubal, presidente da Itaúsa, considerando o cenário macroeconômico desafiador tanto em âmbito local quanto internacional.

O resultado recorrente das empresas nas quais a Itaúsa possui investimentos alcançou R$ 4,4 bilhões, apresentando um crescimento de 23% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelos resultados positivos do Itaú Unibanco, Copa Energia, Grupo CCR e Aegea, além do impacto positivo da participação na XP.