Após uma valorização superior a 90% nas ações da JBS (JBSS3) ao longo dos últimos doze meses, o BTG (BPAC11) vê ainda mais potencial de crescimento e considera a ação a sua favorita entre as empresas do setor de proteínas no Brasil. “Uma potência das proteínas”, elogiou.
Dessa forma, os analistas do BTG revisaram o preço-alvo das ações da JBS, elevando-o de R$ 35 para R$ 47, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 30%. A recomendação de compra foi reafirmada, conforme o relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta quarta-feira (21).
O banco projeta receitas de R$ 403 bilhões, Ebitda de R$ 32,4 bilhões e lucro líquido de R$ 7,2 bilhões para 2024, com estimativas que superam em 8% as previsões de consenso.
Os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla destacam que a companhia declarou um dividendo significativo de R$ 4,4 bilhões após o balanço trimestral, resultando em um rendimento de dividendos (dividend yield) de 6%.
O BTG avalia que a recuperação dos resultados na carne bovina dos EUA será gradual, já que, após anos de oferta abundante, o rebanho caiu para o menor nível em 70 anos, comprimindo as margens.
“Na nossa opinião, vai demorar um pouco. Os ciclos do gado normalmente abrangem três anos, por isso é improvável que vejamos melhorias antes de pelo menos 2027”, alertam os analistas.
Em contrapartida, o setor avícola está passando por uma fase favorável, com spreads excepcionalmente altos tanto nos EUA quanto no Brasil, o que resultou em desempenhos recordes para PPC e Seara.
“A questão crítica é determinar quando este ciclo irá mudar”, destacam os analistas, comparando a situação com ciclo de 2015, mas na expectativa de autocorreção do mercado, com mais oferta por vir. “Embora os próximos trimestres possam continuar a mostrar números fortes, acreditamos que esses níveis elevados são insustentáveis”, completam.
JBS (JBSS3): balanço do 3T24 deve superar 2º trimestre, projeta analista
O Conselho de Administração da JBS (JBSS3) anunciou, na noite da última terça-feira (13), a aprovação da distribuição de R$ 4,436 bilhões em dividendos intermediários. O valor estimado para cada ação é de R$ 2,00.
De acordo com a empresa, esses dividendos intermediários serão considerados como parte dos proventos mínimos obrigatórios referentes ao exercício social que terminará em 31 de dezembro de 2024.
Os acionistas têm até o dia 19 de agosto para garantir o recebimento dos dividendos, já que as ações ficarão “ex” a partir de 20 de agosto (inclusive). O pagamento está previsto para 7 de outubro.
Ainda na véspera, a empresa anunciou seus resultados financeiros, registrando um lucro líquido de R$ 1,72 bilhão no segundo trimestre de 2024.
Esse resultado marca uma recuperação significativa em comparação ao prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior.
Os principais destaques foram as operações com aves e suínos, beneficiadas pela redução dos custos com matérias-primas, como grãos.