Após as perdas vividas pelas ações da JBS (JBSS3) nesta sessão, com recuo de 3,63%, negociadas a R$ 39,26, em um movimento de correção da alta expressiva da sexta-feira (23), o Itaú BBA atualizou suas expectativas quanto a dupla listagem da empresa na Bolsa de Nova York.
Os acionistas aprovaram a dupla listagem na sexta-feira, e tem expectativa de que as ações comecem a ser negociadas na Bolsa de Nova York em 12 de junho. Enquanto isso, a empresa seguirá listada no Brasil, porém via BDRs (Brazilian Depositary Receipts) na B3, de acordo com a JBS.
Considerando um cenário futuro, o Itaú BBA avaliou que a a empresa pode se beneficiar da conclusão desse processo, por conta da ampliação de acesso a uma base maior de investidores e também pelo aumento da visibilidade entre investidores globais, permitindo comparações com seus pares globais.
Além disso, o aumento da flexibilidade no uso de capital próprio como fonte de financiamento é um dos efeitos esperados, o que pode potencialmente levantar capital por meio da emissão de ações e reduzir o custo de capital, segundo o Valor Investe.
A recomendação do Itaú BBA segue sendo de compra para as ações da JBS (JBSS3), com preço-alvo de R$ 51.
O banco justificou a perspectiva otimista pela “plataforma diversificada da empresa, que lhe permite navegar por diversos ciclos de proteína e regiões geográficas com volatilidade relativamente baixa”.
Quais os próximos passos da dupla listagem da JBS?
- 30 de maio – conclusão do registro da JBS N.V. com emissor estrangeiro na CVM;
- 6 de junho – último dia de negociação das ações da JBS S.A. na B3;
- 9 de junho – início da negociação de BDRs da JBS N.V.;
- 12 de junho – início da negociação das ações da JBS N.V. na NYSE.
Paralelamente, o Itaú BBA também avaliou que, mesmo diante das incertezas após o mapa de votação da AGE, o resultado de dupla listagem é positivo para a JBS.
“A conclusão da listagem nos EUA representa um evento de redução de risco para a tese de investimento. Não vemos esse desenvolvimento como uma nova discussão sobre a tese de investimento”, escreveu Gustavo Troyano.