Balanço trimestral

JBS (JBSS3) tem salto de 571% do lucro no 3TRI24, a R$ 3,8 bi

Em outra linha, a receita líquida da JBS registrou recorde de R$ 110,5 bilhões no 3T24, crescimento de 21% na base anual

JBS/ Foto: Divulgação
JBS/ Foto: Divulgação

No intervalo de junho a setembro de 2024, a JBS (JBSS3), maior processadora de carnes do mundo, viu seu lucro líquido chegar a R$ 3,84 bilhões, um salto de 571% na comparação anual.

No mesmo período de 2023 a JBS lucrou R$ 572,7 milhões. Para o 3TRI24, o consenso LSEG projetava um valor em torno de R$ 3,73 bilhões para o indicador. 

Em outra linha, a receita líquida da companhia registrou recorde de R$ 110,5 bilhões no 3T24, crescimento de 21% ante o 3º trimestre de 2023. Outro recorde foi reportado na receita líquida em dólares, com a soma de 19,9 bilhões.

Os mercados domésticos em que a JBS atua representaram 74% de suas vendas globais e 26% por meio de exportações, segundo o “InfoMoney”.

Enquanto isso, o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – fechou o período em R$ 11,94 bilhões no período, avanço anual de 120,7%, com margem consolidada de 10,8%, em comparação ao 3TI23 esse número é quase 5 pontos percentuais superior.

“Com exceção da JBS Beef North America, que enfrenta um ciclo do gado desafiador, todas as unidades de negócio mostraram evolução na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para Seara, Pilgrim’s e JBS Brasil. Esse resultado reforça a fortaleza da plataforma global diversificada”, afirmou a companhia no release de resultados.

Em paralelo a isso, o fluxo de caixa das atividades operacionais fechou o intervalo fiscal em R$ 10,3 bilhões, versus uma geração de caixa operacional de R$ 6,3 bilhões. 

O que explica essa evolução, segundo a JBS, é a melhora na performance operacional em praticamente todas as unidades de negócios. 

Na diferença do 2º trimestre para o 3º trimestre, a alavancagem em dólar caiu de 2,77 vezes, enquanto a dívida líquida foi reduzida em US$ 1 bilhão, para US$ 13,7 bilhões, puxada pela geração de caixa do trimestre. 

Já a geração de caixa livre da JBS no período fechou em R$ 5,5 bilhões no 3T24.

Goldman Sachs recomenda ações da JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3)

No setor de proteínas, as ações já acumulam queda de 4% em dólar após o pregão de quinta-feira (7). Considerando essa perspectiva, o Goldman Sachs recomendou ao mercado aproveitar o recuo para aumentar a exposição em JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), reiterando a recomendação de compra para ambos os papéis.

Na sessão desta sexta-feira, as ações da JBS fecharam em queda de 2,48%, BRF (BRFS3) caiu 2,19%, Marfrig teve baixa de 3,33% e Minerva (BEEF3) registrou desvalorização de 3,23%.

Na avaliação do banco, o movimento ocorreu por uma margem bruta sequencialmente mais fraca por parte da Minerva no balanço trimestral, bem como o aumento contínuo dos preços do gado no Brasil e suas potenciais implicações para a inflação/taxas futuras. 

Outro destaque no relatório avaliativo da equipe do Goldman Sachs foi um possível movimento de zeragem de posição de fundos, em um cenário de alta anual das ações.

Um quadro de demanda robusta, custos estáveis e oferta racional pode beneficiar as subsidiárias da JBS, a Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) e a Seara, e BRF.

Por outro lado, um ambiente favorável pode surgir para o frango com o aumento da carne bovina brasileira, o que eleva a convicção do Goldman Sachs em um início forte para 2025.

O banco reiterou recomendação de compra para JBS (JBSS3), com um preço-alvo de 12 meses de R$ 42,9 por ação, com base em uma avaliação soma-das-partes.

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