A JHSF (JHSF3), rede de negócios de luxo em imóveis residenciais, shoppings, hotéis e restaurantes, apresentou ao mercado, na noite de terça-feira (14), os balanço do terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia teve uma queda de 50,3% no lucro líquido consolidado na comparação ao mesmo intervalo de 2022, indo a R$ 79,4 milhões.
A redução nos resultados de JHSF foi influenciada pelo setor de incorporação imobiliária, que diminuiu suas atividades operacionais no período. Por outro lado, os demais segmentos apresentaram melhorias tanto na parte operacional quanto na financeira.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) registrou uma queda de 17,4% em comparação anual, totalizando R$ 197,9 milhões. No Ebitda no critério ajustado (sem eventos não recorrentes e as propriedades para investimento) apresentou uma redução de 47,1%, totalizando R$ 135,7 milhões. A margem Ebitda ajustada teve uma contração de 10,5 pontos percentuais, alcançando 38,8%.
A receita líquida apresentou uma redução de 32,8%, totalizando R$ 350,1 milhões. As despesas operacionais diminuíram 1,5%, atingindo R$ 96,6 milhões, em decorrência das reduções nas despesas com vendas e nas despesas administrativas.
Outros dados de JHSF
O resultado financeiro, representado pelo saldo entre receitas e despesas financeiras, apresentou uma despesa que foi 61,4% maior em comparação ao ano anterior, totalizando R$ 59,4 milhões. Além disso, o imposto de renda e a CSLL também tiveram um impacto significativo, registrando um aumento de 62,6%, alcançando R$ 44,7 milhões.
A linha de propriedades para investimento (PPI), que reflete o ‘valor’ dos empreendimentos do portfólio, registrou uma apreciação significativa, gerando um efeito positivo de R$ 99,2 milhões, em comparação com os R$ 7,2 milhões do ano anterior. Vale ressaltar que essa variação não impacta o caixa e ocorreu devido à redução nas taxas de juros e à melhoria na avaliação dos ativos.
A JHSF encerrou o terceiro trimestre com uma dívida líquida totalizando R$ 1,152 bilhão. A empresa possuía R$ 515,6 milhões em caixa, com vencimentos de R$ 443 milhões previstos até o final do próximo ano.