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JP Morgan: Bolsa brasileira é vista com otimismo, mas depende do FED

A equipe espera ter mais visibilidade sobre o início do ciclo de flexibilização monetária do Federal Reserve (FED)

Uma equipe de analistas do JP Morgan, instituição financeira norte-americana, liderada por Emy Chayo Sherman, divulgou um relatório afirmando que os investidores globais seguem otimistas com a bolsa brasileira. No entanto, a equipe espera ter mais visibilidade sobre o início do ciclo de flexibilização monetária do Federal Reserve (FED), em convergência com as tendências macro econômicas dos EUA

“O fluxo determina a direção do mercado, que, por sua vez, é determinado pelo direcionamento dos Treasuries. Haverá apetite, como em novembro e dezembro, quando o cenário ficar mais claro”, apontam. “Assim, tivemos a impressão de que a história macro é muito bem compreendida. A seleção de ações, por outro lado, não. E, na dúvida, os agentes têm preferido investir em papéis maiores e mais líquidos e em teses que já conhecem”, diz o JP Morgan.

Pontos discutidos pelo JP Morgan

Segundo o Valor Econômico, os analistas enumeram, entre as conclusões principais, que não se falou em ações brasileiras consideradas caras, indicando um mercado amplamente descontado. A Localiza (RENT3) está entre os papéis tidos como prediletos dos norte-americanos, além de ser apontada como uma das principais apostas para capturar o movimento de queda de juros. 

Outro ponto levantado pelo JP Morgan é quanto ao varejo. Eles dizem que o setor é pouco apreciado no momento, mesmo com a Alpargatas (ALPA4) sendo mencionada algumas vezes, segundo o Valor. “Por conta desse mau humor com o varejo, o setor financeiro também está entre os veículos preferidos para obter exposição à queda das taxas, o que tem sido feito principalmente através da XP”, afirmam. 

“MercadoLibre continua sendo amplamente possuída e apreciada; o setor imobiliário parece um pouco fora do radar; recebemos muitas perguntas sobre o futuro da safra brasileira e o impacto em Rumo; não encontramos investidores preocupados com o valuation da RaiaDrogasil em meio a um potencial crescimento menor; e, nas matérias-primas, Petrobras segue na cabeça de todos, ouvimos pouco sobre a Vale, alguns investidores disseram que o sentimento negativo em relação à GGBR pode ser exagerado”, apontam.