O CEO do JP Morgan Chase, Jamie Dimon, o maior banco dos EUA, reafirma que acredita ter de 35% a 40% de chance de uma desaceleração econômica suave nos EUA.
Na sua visão, uma recessão continua sendo o cenário mais provável, conforme comentou em entrevista à CNBC.
Dimon acrescentou que um possível corte de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros não teria um impacto ‘crítico’ sobre a economia.
“Pode ter um efeito psicológico, e talvez esse efeito afete a economia. Mas 325 milhões de americanos continuarão trabalhando, construindo suas casas e levando osfilhos para a escola. Isso será afetado pela redução de 0,50 ponto percentual dos juros? Não acredito”, diz CEO do JP Morgan.
Corte de juros
O executivo prevê que o Federal Reserve (Fed) reduzirá as taxas de juros em breve, mas prefere não especular sobre uma data específica para a mudança.
“Eles (o banco central americano) têm visto dados mais negativos do que esperavam. Mas as expectativas estão errando também”, CEO do JP Morgan.
Até junho, o JP Morgan adotava uma perspectiva conservadora em relação ao índice S&P 500 para o final do ano.
Apesar da forte valorização no primeiro semestre, o banco manteve sua previsão de que o índice terminaria 2024 em 4.200 pontos, significativamente abaixo dos atuais 5.200 pontos.
JP Morgan vê BC no limite para possíveis altas nos juros
De acordo com o JP Morgan, o Banco Central pode estar chegando ao seu limite, enfrentando uma situação cada vez mais difícil devido à desancoragem das expectativas inflacionárias.
“Aumentos adicionais das projeções de inflação podem desencadear altas no segundo semestre deste ano”, alerta o banco em relatório divulgado ao mercado nesta semana.
Os economistas Cassiana Fernandez e Vinicius Moreira esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central mantenha a taxa Selic em 10,5% após sua reunião na próxima semana, o que está alinhado com o consenso do mercado.