Cenário da inflação

JP Morgan: EUA está avançando com moderação, diz vice-presidente

Foto: Shophia Bernandes / BP Money
Foto: Shophia Bernandes / BP Money

Em uma palestra promovida pela Avenue, nesta quarta-feira (24), Marina Valentini, vice-presidente da JP Morgan, trouxe uma análise detalhada sobre as estratégias de investimento no exterior e a situação econômica americana. O evento, intitulado de Avenue Connection, destacou tendências e previsões para o restante do ano.

Marina Valentini abordou a resiliência da economia americana, mesmo diante de sinais de desaceleração. Segundo ela, a economia dos Estados Unidos continua a mostrar uma tendência de crescimento moderado, projetado para um aumento ligeiramente superior a 2%. 

“O consumidor americano segue gastando bem, e isso é um dos motivos pelos quais não esperamos uma recessão iminente,” afirmou Valentini.

Ela destacou que, apesar de uma moderada desaceleração, a economia não está colapsando e que a dívida e a porcentagem da renda permanecem estáveis.

No que diz respeito ao mercado de trabalho, a vice-presidente do JP Morgan observou uma leve elevação na taxa de desemprego, que atualmente está em 4,1%. 

Embora o mercado de trabalho continue sólido, há sinais de um resfriamento gradual. O Federal Reserve (Fed) está atento a esses riscos e monitorando de perto a situação.

JP Morgan: Fed deve ficar atento ao PCI para cortar juros, diz vice-presidente

Quando questionada sobre a necessidade de uma possível redução das taxas de juros pelo Fed para evitar uma recessão, Valentini explicou que, apesar da inflação ter superado as expectativas no início do ano, o Índice de Preços ao Consumidor (PCI) deve continuar a cair, conforme a meta estabelecida pelo Fed. 

Ela observou que, ao contrário de 2022, onde diversos fatores estavam pressionando a inflação, atualmente apenas dois itens principais – seguros de carros e moradia – são responsáveis pelos aumentos de preços. No entanto, esses itens estão começando a mostrar uma desaceleração.

Valentini também mencionou que os dados recentes consolidaram a expectativa de um corte nas taxas de juros pelo Fed em setembro, com a possibilidade de um novo corte em dezembro. 

“Com a economia ainda forte, não há necessidade de cortes excessivos nas taxas de juros,” concluiu a vice-presidente da JP Morgan.

A palestra forneceu uma visão valiosa para investidores e profissionais do setor, destacando a importância de adaptar estratégias de investimento às condições econômicas em evolução e aos desafios globais.