Avaliação

JP Morgan reforça recomendação da TIM (TIMS3), mas corta preço-alvo

No relatório elaborado pela equipe do banco houve ajustes nas previsões para depreciação, despesas e outros itens

TIM Brasil
TIM Brasil / Divulgação

O banco JP Morgan reiterou a recomendação de compra para o papel da TIM Brasil (TIMS3), porém cortou o preço-alvo de R$ 20,50 para R$ 20. A instituição fez ajustes nas previsões para a depreciação e amortização, despesas financeiras líquidas e impostos.

No relatório elaborado pela equipe do JP Morgan, sob liderança de Marcelo Santos, os ajustes incluem R$ 1,7 bilhão em benefícios fiscais de juro sobre capital, mais R$ 1 bilhão em amortização de ágio fiscal, além de R$ 2 bilhões em outros ativos, considerando a I-Systems e participação da TIM na C6.

Em paralelo a isto, o banco vê a subtração de R$ 2,9 bilhões de passivos como taxas suspensas do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações), bem como contingências e outros itens.

A Tim deve se beneficiar ao máximo dos ativos móveis comprados da Oi (OIBR3), por conta do menor tamanho relativo versus a parcela adquirida, escreveram os analistas.

A TIM é uma das empresas mais relevantes com uma participação de 27%, em termos de assinantes, de 21% antes, em um mercado móvel que tem somente 3 grandes companhias competindo, continuou o JP Morgan.

Como resultado da utilização do espectro e das torres da Oi, bem como da transparência de tráfego 4G para 5G, as perspectivas de investimentos estão melhorando, consta no relatório do banco. 

Os analistas enfatizaram alguns riscos para as perspectivas da empresa, entre eles: 

  • O fracasso em capturar sinergias advindas da compra móvel da Oi;
  • A deterioração do quadro móvel brasileiro, retomando sua incapacidade histórica no repasse da inflação aos preços;
  • A necessidade de mais investimentos na rede, com aportes em níveis de receitas se mostrando não sustentáveis.

JP Morgan: elétricas em processo de normalização; ações se beneficiam

Com os recentes anúncios de aumento nos preços da energia e a implementação da bandeira amarela, o JP Morgan esclarece que o setor não está enfrentando uma nova crise energética, mas sim passando por um processo de normalização.

Para este cenário, o JP Morgan destaca as ações da Eletrobras (ELET3)Copel (CPLE6)Auren (AURE3) e Eneva (ENEV3) como as melhores escolhas. O banco acredita que as condições comerciais mais favoráveis para essas empresas ainda não estão totalmente precificadas.

O mês de julho marcou o retorno da bandeira vermelha, sendo a primeira sobretaxa desde abril de 2022. “O movimento recente dos preços está chegando mais cedo do que o esperado, mas as condições no sistema permanecem bastante confortáveis”, destaca o analista Henrique Peretti.

O banco observa que as margens estavam mais estreitas nos últimos meses devido à relação entre oferta e demanda. Com chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, os preços da energia subiram, recuperando-se para os níveis de meados de 2022, em cerca de R$ 150/MWh.

“A recuperação do preço da energia não parece nada alarmante, mas sublinha a opinião de que os últimos dois anos foram possivelmente excepções felizes e que a situação atual é mais semelhante à normalidade”, completa o analista do JP Morgan no documento.

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