Após o Ibovespa fechar em nível recorde pela terceira sessão seguida, na quarta-feira (21), o JP Morgan revisou sua estimativa para o índice. Considerando os níveis atuais, o banco americano vê o Ibovesoa aos 143 mil pontos no final de 2024.
Para o JP Morgan, a depender dos cenários, o índice pode chegar a um patamar mais alto do que os 143 mil, superando inclusive aos 160 mil pontos.
O banco americano incorporou as seguintes alterações às suas premissas:
- PIB esperado para o ano fiscal de 2024 em 2,9%, acima dos 2,2% em junho.
- Câmbio: a previsão para o dólar em 2024 foi revisada de R$ 5,10 para R$ 5,20
- IPCA: a inflação foi revisada de 4% para 4,2%.
- Lucros: o consenso de crescimento dos lucros para 12 meses é de 18%, abaixo dos 25% em junho.
- Múltiplo de P/L, ou preço sobre lucro, para 8,4 vezes, ante 7,6 vezes em junho.
O banco ressalta que, em junho de 2024, o Ibovespa negociava a 120 mil pontos; desde então, entregou um retorno positivo de 13,3%, atingindo 136 mil atualmente.
“A alta para benchmark decorre da reavaliação e do crescimento dos lucros. Incorporando no modelo as mudanças, o Ibovespa alcançaria facilmente nosso cenário de alta de 140 mil, até mesmo superando-o para tocar os 143 mil”, disse a equipe de estratégia do banco.
Os estrategistas avaliam ter suposições conservadoras, assumindo que os lucros de 2024 anos devam contrair 1% e devam subir 10% em 2025, ambos em moeda local.
Olhando para outros cenários possíveis, se os lucros forem revisados para cima em 20% e o múltiplo de P/L subir para 10,8 vezes, o Ibovespa deve ser negociado em torno de 154 mil.
Ainda assim, quando se olha para o valor justo de um P/L de 9,4 vezes ou 10,1 vezes , o Ibovespa deve ser negociado em torno de 143 mil a 145 mil.
“Uma forte revisão nas expectativas de lucros deve levar o Ibovespa a ser negociado em 155 mil ou perto de 160 mil, este último no caso de uma forte reclassificação“, avaliou o JPMorgan.
Ata do Fomc ‘não mexeu com Ibovespa e não trouxe novidades’, diz analista
A ata da última reunião do Fomc (Federal Open Market Committee), o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed (Federal Reserve), o Banco Central dos EUA, foi divulgada nesta quarta-feira (21). Na perspectiva de analistas, o documento ainda não afetou a bolsa brasileira e, especialmente, o Ibovespa — principal índice da Bolsa brasileira—, que já vinha registrando altas recordes.
A ata do Fomc trouxe as perspectivas dos membros do Fed, que se mostraram muito inclinados a iniciar o corte de juros nos EUA já na próxima reunião. Contudo, condicionaram o movimento a dados econômicos do país, esperando que venham “em linha com as projeções”.
Para Fabio Louzada, economista e planejador financeiro CFP®️, a “ata não mexeu com o Ibovespa, que já vinha em alta, e também não trouxe nenhuma novidade que mexesse ou alterasse os ânimos do mercado”.