Jamie Dimon

JPMorgan: CEO diz que “geopolítica está piorando” 

Dimon voltou a mostrar ceticismo sobre a economia global e destacou preocupações com conflitos geopolíticos e inflação

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JPMorgan / Divulgação

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, mais uma vez expressou suas preocupações sobre a crescente instabilidade global, destacando-a como um fator que pode impedir o controle da inflação.

Durante uma entrevista à CNBC, concedida durante uma conferência do JPMorgan em Mumbai, na Índia, Dimon enfatizou que “a geopolítica está piorando”, alertando para os riscos que essa conjuntura pode trazer para a economia global.

Dimon ressaltou que os conflitos geopolíticos estão se intensificando, não melhorando, e citou os recentes ataques dos rebeldes houthis do Iêmen no Mar Vermelho como exemplo. 

Ele também alertou para os riscos de interrupções na cadeia de suprimentos de energia, acrescentando: “Deus sabe se outros países se envolverão. Há muita guerra acontecendo agora.”

Essas declarações marcaram a terceira vez em uma semana que o CEO do JPMorgan manifestou ceticismo sobre as perspectivas econômicas de longo prazo.

Mesmo com o recente corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), que busca aliviar um mercado de trabalho em desaceleração e controlar a inflação em queda, Dimon continua cauteloso.

JPMorgan: CEO acredita que os EUA possa passar por uma recessão 

O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, o maior banco dos EUA, reafirma que acredita ter de 35% a 40% de chance de uma desaceleração econômica suave nos EUA. 

Na sua visão, uma recessão continua sendo o cenário mais provável, conforme comentou em entrevista à CNBC.

Dimon acrescentou que um possível corte de 0,5 ponto percentual nas taxas de juros não teria um impacto ‘crítico’ sobre a economia.

“Pode ter um efeito psicológico, e talvez esse efeito afete a economia. Mas 325 milhões de americanos continuarão trabalhando, construindo suas casas e levando osfilhos para a escola. Isso será afetado pela redução de 0,50 ponto percentual dos juros? Não acredito”, diz CEO do JP Morgan.