O banco JPMorgan divulgou suas projeções ao mercado nesta sexta-feira (14) sobre o cenário macroeconômico brasileiro com expectativas inflacionárias conservadas.
A estimativa do banco estadunidense para este ano é de que a inflação medida pelo IPCA encerre em 5,0%. Para chegar a esse resultado, é esperado que o Copom aplique um aumento de 1,5 ponto percentual na Selic na reunião de fevereiro e mais 1,0 pp na reunião de março, encerrando o ano em 11,75%.
Os especialistas do JPMorgan destacam o contraponto de que a discussão fiscal do ano passado prejudicou significativamente a credibilidade da política no médio prazo, contribuindo para o aumento da inflação.
Enquanto que para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o banco americano prevê uma retração de 0,5%, com crescimento no primeiro trimestre puxado pela melhora na produção agrícola.
Embora os especialistas destaquem a possibilidade de recuperação na produção industrial, a análise espera um recuo no PIB dos demais trimestres do ano.
Somando as perspectivas pessimistas do banco norte-americano sobre o cenário econômico nacional, JPMorgan lembra os dados do indicador de bens e serviços finais do país de 2021, que registrou números negativos no segundo e terceiro trimestres e, com isso, a expectativa dos especialistas é de recuo também para o quarto trimestre, uma vez que o país já estava em recessão ao longo de todo o período.