O JPMorgan rebaixou sua recomendação para a Santos Brasil (STBP3) de compra para neutro, com uma redução do preço-alvo de R$ 17 para R$ 14, segundo informações do “InfoMoney”. Em 2024, os papeis da empresa tiveram uma alta de 69%.
Isto ocorre porque as ações da companhia devem seguir sendo sendo negociadas de acordo com os termos da OPA (oferta pública de aquisição), com conclusão prevista para o segundo trimestre de 2025, o que limita o potencial de valorização dos papeis.
A empresa de transporte marítimo francesa CMA CGM acertou um acordo em setembro para comprar uma parcela de 48% da Opportunity na Santos Brasil. Agora, a operação depende de aprovação do CADE para ser concluída, o que deve ocorrer no primeiro trimestre de 2025.
A CMA CGM está oferecendo R$ 15,30 por ação da Santos Brasil, valor ajustado pela redução de capital (R$ 1,85), dividendos (R$ 0,235) e outros termos. Por isso, houve revisão do preço-alvo do JPMorgan de R$ 17 para R$ 14,00.
A empresa francesa vai fazer uma oferta pública para as ações remanescentes em condições iguais às oferecidas à Opportunity. A oferta vai ser anunciada após a conclusão da transação.
A JPMorgan quase não mudou suas estimativas de receita líquida para a Santos Brasil, hoje em R$ 3,234 bilhões em 2025. Enquanto isso, o Ebitda esperado é de R$ 1,756 bilhão, 3% menor que o consenso da Bloomberg.
Já as estimativas de lucro líquido foram reduzidas em 9%, para R$ 770 milhões, 5% abaixo do consenso, considerando a alta nas projeções para a taxa Selic.
JPMorgan rebaixa recomendação para ações brasileiras
O JPMorgan rebaixou a recomendação das ações brasileiras de ‘compra’ para ‘neutra’, devido às preocupações com o crescimento mais lento da China e os impactos da política comercial do futuro governo de Donald Trump nos EUA.
Segundo o banco, a desaceleração do gigante asiático pode afetar diretamente o Brasil, em decorrência das pressões nos preços das commodities. Outro motivador foi a expectativa de elevação de juros para 2025, o que aumento o desafio para o mercado de ações.
Em contrapartida, o JPMorgan elevou as ações do México a ‘compra’, justificando a decisão com base no forte crescimento dos EUA. “Há uma correlação bastante alta entre a produção industrial mexicana e a dos EUA”, afirmou Emy Shayo Cherman, estrategista do banco.
Apesar da elevação, o JPMorgan destacou que continuará monitorando as reformas institucionais mexicanas, que ainda representam um risco significativo para o país.