JPMorgan atualizou suas avaliações sobre a Suzano, empresa brasileira de papel e celulose, com recomendação rebaixada para o papel de overweight, equivalente a compra, para neutra. De acordo com o banco faz-se necessário haver cautela em relação ao ciclo da celulose nos próximos cinco anos.
Com isso, O JPMorgan reduziu o preço-alvo da ação da Suzano de R$80,00 para R$71,50, citando ainda que o mercado não deve precificar positivamente os investimentos da empresa em aumentar sua capacidade por meio do Projeto Cerrado, cujos benefícios deverão ser sentidos no longo prazo, dado que o mercado de celulose e papel costuma ser mais impactado por fatores de curto prazo.
Em relatório, a equipe de análise chefiada por Rodolfo Angele alerta para o risco de oferta excessiva de celulose nos próximos anos, com a capacidade de produção mundial chegando a 6,9 milhões de toneladas até 2026, levando a um aumento de 4,6 milhões de toneladas, o que pode causar uma redução dos preços da commodity.
“Esperamos que os preços se acomodem ao longo do ano conforme novos volumes chegam ao mercado, mas não ficaríamos surpresos se as ações do setor fossem impactadas quando os preços da celulose caírem”, diz o banco.
Ações
A ação ordinária da Suzano recuaram nas primeiras horas do pregão desta terça-feira (25), impulionadas pela reavaliação do banco sobre a compra da produtora global de celulose . Às 15:50 (horário de Brasília) os papéis ordinários da companhia registraram uma queda acumulada em 3,59%, sendo cotados a R$ 56,13.