O lucro do JPMorgan Chase registrou uma queda no último trimestre, embora tenha contribuído para um resultado anual recorde para o maior banco dos Estados Unidos.
Ao longo de 2023, o JPMorgan se beneficiou das taxas de juros mais altas, impulsionando as margens em seu setor de empréstimos. Durante a crise de confiança que afetou outros bancos a partir de março, o banco norte-americano experimentou um influxo de depositantes, resultando em ganhos para o mesmo.
O total arrecadado em 2023 atingiu US$ 49,55 bilhões, um aumento de 32% em relação a 2022. Apesar disso, os ganhos desaceleraram no último trimestre devido a encargos relacionados a uma taxa especial do governo vinculada a bancos em dificuldades, limitando os lucros do quarto trimestre.
Embora alcance recorde, banco tem queda trimestral de 15%
O lucro do JPMorgan no quarto trimestre caiu 15% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 9,31 bilhões, ou US$ 3,04 por ação. Excluindo perdas únicas e a taxa especial, o banco relatou um lucro de US$ 3,97 por ação no quarto trimestre, superando as expectativas dos analistas, que eram de US$ 3,35 por ação.
As ações estavam em alta nas negociações de pré-mercado, em contraste com outros grandes bancos que estavam em queda. A receita aumentou 12%, atingindo US$ 38,57 bilhões, um pouco abaixo dos US$ 39,73 bilhões esperados pelos analistas.
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O JPMorgan alcançou US$ 24,05 bilhões em rendimento líquido de juros, impulsionado pelo aumento das taxas sobre empréstimos. Embora os executivos tenham indicado que as receitas de empréstimos seriam normalizadas, a margem financeira líquida subiu para 2,81%, comparada a 2,72% no terceiro trimestre.
No setor de consumo, a receita do quarto trimestre aumentou 15%, com lucro elevado para US$ 4,79 bilhões, impulsionado pela aquisição da First Republic no ano anterior. As receitas de empréstimos imobiliários praticamente dobraram, especialmente pela adição da First Republic, que possui uma ampla carteira imobiliária. Os consumidores continuaram a recorrer aos cartões de crédito, com aumento de 8% no volume total de vendas e crescimento de 14% nos empréstimos com cartão, indicando saldos mais elevados dos clientes.
JPMorgan diz que inflação pode ser mais resiliente
O presidente-executivo, Jamie Dimon, do JPMorgan manteve uma visão cautelosa sobre o cenário econômico, alertando para a possibilidade de convulsões significativas, em contraste com a crença do mercado e de muitos economistas de que a economia dos EUA evitaria uma recessão.
Dimon ressalta sua atenção ao alertar que o cenário inflacionário pode ser mais resiliente frente às expectativas. “É importante notar que a economia está sendo alimentada por grandes quantidades de dívida pública e estímulos passados”, disse em comunicado.
“Há também uma necessidade contínua de aumento de gastos devido à economia verde, à reestruturação das cadeias de abastecimento globais, ao aumento dos gastos militares e ao aumento dos custos de saúde”, completou
