Aguardando IPCA-15

Juros futuros fecham em queda com investidores atentos ao BC

O mercado aguarda os números da prévia oficial da inflação para direcionar as apostas para a trajetória dos juros no Brasil

Ibovespa
Foto: Divulgação

Os contratos de juros futuros fecharam o pregão desta segunda-feira (26) estáveis na parcela mais curta da curva e em queda nos vértices longos e intermediários. O movimento ocorreu em meio à indefinição sobre os próximos passos da Selic (taxa básica de juros) no Brasil.

Os agentes financeiros se mantiveram atentos aos sinais emitidos por membros do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central), à medida que as autoridades têm adotado uma postura de “dependência de dados”. Com isso, o mercado aguarda os números da prévia oficial da inflação, o IPCA-15, na terça-feira, para direcionar as apostas para a trajetória dos juros no Brasil.

No fim do dia, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 oscilou de 10,93% do ajuste de sexta-feira (23) para 10,825%; a do DI para janeiro de 2026 passou de 11,485% para 11,42%; e a do DI para janeiro de 2027 recuou de 11,47% para 11,385%.

Marinho afirma que inflação não se controla só com alta de juros

Em recado ao BC (Banco Central), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), declarou nesta segunda-feira (26) que a inflação não se controla somente com alta taxa de juros e restrição ao crédito.

Marinho destacou que há outras maneiras de combater a elevação de preços, como a ampliação da produção.

“O Banco Central precisa aprender que combater a inflação não tem só um jeito, que é o jeito de restrição de crédito e de aumento de juros. Controla-se a inflação também com oferta, com mais produção, mais capacidade aquisitiva da classe trabalhadora do país”, disse Marinho, de acordo com o “InfoMoney”, em evento na sede do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), no Rio de Janeiro.