Autonomia do BC

Juros futuros fecham em queda forte após declarações de Lula

Ao fim do pregão, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 recuou de 15,07% no ajuste anterior para 14,945%

Ibovespa
Foto: Pixabay

Após a volatilidade observada desde o início do pregão, os juros futuros encerraram esta sexta-feira (20) em forte queda, impulsionados por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que contribuíram para a descompressão dos prêmios de risco nos ativos financeiros.

As taxas deram continuidade ao movimento de queda iniciado na véspera, ainda que tenham registrado alta momentânea durante o pregão, refletindo os riscos fiscais que permanecem no radar dos agentes financeiros.

Ao fim do pregão, a taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2026 recuou de 15,07% no ajuste anterior para 14,945%; a do DI para janeiro de 2027 caiu de 15,315% para 15,105%; enquanto a taxa para janeiro de 2029 passou de 14,96% para 14,68%.

A sessão foi marcada por ajustes nos prêmios de risco no mercado de juros, com elevada volatilidade. Após a queda acentuada das taxas na sessão anterior, o mercado ensaiou alguma correção, e os juros intermediários chegaram a subir até 30 pontos-base (p.b.) em determinados momentos. As informações são do “Valor”.

Afetou os juros: Lula afirma que irá respeitar autonomia do BC e fala sobre novas medidas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (20) que Gabriel Galípolo será o presidente “mais importante que o Banco Central” já teve. Segundo o petista, isso se dá porque Galípolo terá a “verdadeira autonomia”.

A afirmação de Lula foi feita em um vídeo publicado em seu perfil na rede social Instagram. “Seguimos mais convictos que nunca de que a estabilidade econômica e o combate à inflação são as coisas mais importantes para proteger os salários e o poder de compra das famílias brasileiras”, afirmou o presidente.

O vídeo foi uma forma de o presidente dar as “boas-vindas” publicamente a Galípolo, que atualmente é diretor de Política Monetária do BC, para assumir a liderança da autarquia. O início de seu mandato está previsto para janeiro de 2025.