Após duas sessões positivas, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) fecharam a terça-feira (6) em baixa, com investidores se posicionando antes da “superquarta”, marcada por decisões de política monetária nos EUA e no Brasil. No pregão, os rendimentos dos Treasuries também recuaram durante a tarde, após o leilão de títulos norte-americanos de dez anos.
No fechamento, a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 14,705%, ante 14,726% no ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2027 recuou 8 pontos-base, para 13,97%, frente aos 14,049% do último fechamento.
Nos contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 caiu para 13,72%, ante 13,882%, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2033 recuou para 13,76%, frente aos 13,914% registrados anteriormente, segundo dados do InfoMoney.
As taxas abriram o dia em alta, acompanhando o avanço do dólar frente ao real, em meio a um movimento recente de maior aversão a risco.
Contudo, ao longo da manhã, os DIs perderam força e passaram a operar em queda, acompanhando a valorização do real e a queda dos yields dos Treasuries, em meio à expectativa pelas decisões do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central brasileiro na “superquarta”.
BCE: vice-presidente mostra otimismo sobre corte de juros
O vice-presidente do BCE (Banco Central Europeu), Luis de Guindos, afirmou que há motivos para otimismo quanto à continuidade da atual fase de cortes de juros. A declaração foi feita durante uma entrevista que será publicada na edição de sábado do jornal austríaco Die Presse.
O BCE cortou as taxas de juros pela sétima vez em um ano, em abril, e alertou que o crescimento econômico pode ser impactado pelas tarifas dos EUA — o que reforça as apostas em mais flexibilizações nos próximos meses.
“Depende de como a inflação evolui. Mas podemos ser otimistas aqui”, disse de Guindos, segundo o Investing. A fala foi uma resposta a um questionamento sobre quanto tempo o ciclo de cortes nas taxas de juros deve durar.