Os juros futuros encerraram a sessão desta quinta-feira (17) próximos dos ajustes da véspera, revertendo, no final do pregão, o estresse observado na curva de termo mais cedo. Operadores atribuíram o alívio à leve melhora do câmbio e à oscilação natural das taxas em um dia sem grandes movimentações no cenário doméstico.
Com isso, os juros futuros se distanciaram do movimento de alta das taxas dos títulos do Treasuries (Tesouro norte-americano), que subiram em resposta a dados robustos da atividade econômica e do mercado de trabalho nos EUA.
A taxa do contrato de DI (Depósito Interfinanceiro) para vencimento em janeiro de 2026 fechou com um avanço marginal para 12,645%, em comparação ao ajuste anterior. Já a taxa do DI para janeiro de 2027 recuou de 12,815% para 12,805%.
Nos EUA, a taxa da T-note de dois anos teve leve alta, subindo de 3,95% para 3,982%, enquanto a T-note de dez anos avançou de 4,018% para 4,096%, conforme informações do “Valor”.
BCE corta juros em 0,25 p.p, em linha com o esperado
O BCE (Banco Central Europeu) anunciou, nesta quinta-feira (17), um novo corte de 0,25 ponto percentual nas principais taxas de juros da região, em linha com as expectativas do mercado. A taxa sobre os depósitos ficou em 3,25%. É o terceiro corte nas taxas de juros este ano.
A taxa de juro das principais operações de refinanciamento ou taxa “refi” (que determina o preço que os bancos pagam quando pedem dinheiro emprestado ao Banco Central Europeu também teve um corte de 25 pontos base, situando-se em 3,40%.
A diferença entre as duas taxas estava fixada em 50 pontos-base há anos e o BCE anunciou planos em março para reduzir a diferença para 15 pontos-base a partir de setembro, em um movimento que pode reacender os empréstimos entre bancos.
A taxa de empréstimos também foi reduzida em 25 pontos base, de 3,90% para 3,65%.