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Os juros futuros reduziram a queda no período da tarde e fecharam próximos dos ajustes, à medida que os rendimentos dos Treasuries renovaram máximas intradiárias. Em um dia de agenda econômica mais fraca, operadores também destacaram ruídos sobre as expectativas para as eleições de 2026, após o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reforçar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante o dia, o estresse nas taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) esteve relacionado a um leilão robusto do Tesouro — mas que encontrou demanda correspondente.
A taxa do DI para janeiro de 2026 fechou em 14,675%, ante 14,676% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 encerrou a 14,560%, de 14,578%, enquanto o DI para janeiro de 2029 subiu para 14,315%, ante 14,296% no ajuste da véspera.
Pela manhã, os juros futuros chegaram a avançar acompanhando a alta dos Treasuries, além da cautela do mercado diante do grande volume de NTN-Bs ofertado pelo Tesouro. No entanto, o leilão foi bem demandado, o que contribuiu para a queda das taxas, explicou Marcos Iório, gestor da Integral Group, ao InfoMoney.
Luiza Trajano pede para Galípolo não anunciar mais altas nos juros
A presidente do conselho de administração da Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Helena Trajano, pediu ao presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo, que não anuncie mais aumentos na taxa básica de juros do país. O apelo foi feito em evento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta sexta-feira (14).
Trajano afirmou que as pequenas e médias empresas enfrentam dificuldades para sobreviver no cenário de juros elevados, destacando que o setor é importante para a geração de empregos.
“Quero falar em nome do setor varejista, porque o varejo é o primeiro que sofre e o primeiro que demanda. A pequena e média empresa não aguenta mais sobreviver com isso, não tem condição. E é ela que gera emprego”, disse a executiva.