As ações da Klabin (KLBN11) receberam recomendação de compra do BTG Pactual (BPAC11). A casa ainda estipulou um preço-alvo de R$ 35. De acordo com a corretora, as ações da empresa estão bastante desvalorizadas.
A projeção do BTG foi realizada após encontro com o CEO (diretor executivo) da Klabin, Cristiano Teixeira, e o CFO (diretor financeiro), Marcos Ivo. Na visão da casa, a previsão de Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa, de R$ 8 bilhões, é vista pelo banco como “altamente alcançável”.
A administração da empresa tranquilizou os analistas em relação aos seus projetos Puma II e Figueira.
“Ao longo dos últimos trimestres, a Klabin foi penalizada por seu investimento em Puma II, com capex de alto crescimento e os investidores atribuindo valor negativo ao projeto. Em nossa opinião, as ações da Klabin ainda não refletem as perspectivas atuais de crescimento dos lucros, e consideramos que os projetos são altamente desvalorizados pelo mercado neste momento”, escreveram os analistas da instituição financeira.
A Klabin irá divulgar seus resultados em 26 de outubro, após o fechamento do pregão, e fará a teleconferência no dia 27, às 11h.
Klabin (KLBN11): momento é de entrada, diz BBA
Segundo o Itaú BBA, o momento é de entrada para os papéis da Klabin (KLBN11) e da Suzano (SUZB3), considerando a alta no preço da celulose, a queda do dólar e a desvalorização das ações nos últimos meses.
“Enquanto os investidores estão preocupados com uma possível correção nos preços da celulose a curto prazo, nós acreditamos que essa possibilidade está precificada pelo menos parcialmente e vemos um bom ponto de entrada para ambas as ações”, afirmam os analistas do banco.
Daniel Sasson, Marcelo Furlan, Edgard Pinto e Barbara Soares, que assinam o relatório, apontam que o preço da celulose de fibra curta na China cresceu 50% desde o início do ano, enquanto a valorização do real no mesmo período foi de apenas 3%. Já a cotação dos papéis das companhias caiu 29%. Para eles, os preços devem começar a se normalizar a partir do quarto trimestre deste ano.
“No caso da celulose, muitos investidores preveem um preço correção a partir do 4T22. Dito isso, acreditamos que o mercado de alguma forma já começou a considerar esse possível reajuste do preço da celulose, dada a dissociação que temos entre os preços das ações e os preços da celulose”, disse a equipe do Itaú BBA.
Com isso, a recomendação do Itaú BBA para as ações é de “compra”. No caso da Klabin, o preço-alvo ficou em R$ 24. Para os papéis da Suzano, o preço-alvo estipulado pelos analistas foi de R$ 63.