Pós balanço

Klabin (KLBN11): JPMorgan e Goldman se dividem sobre resultados: hora de comprar?

O JPMorgan tem recomendação de compra para os papéis da Klabin, ao passo que o Goldman Sachs tem recomendação neutra

Foto: Klabin/Divulgação
Foto: Klabin/Divulgação

A avaliação dos especialistas sobre os resultados da Klabin (KLBN11) no terceiro trimestre se mostraram opostos, mesmo com a alta expressiva do papel na B3 na sessão desta segunda-feira (04). 

Na visão da equipe do JPMorgan, a Klabin teve números acima do esperado no período, garantindo ajuda do desempenho das unidades de papel e embalagens, que reduziram o impacto dos maiores custos com manutenção em celulose.

O destaque do balanço, segundo os analistas, foi o Ebitda ajustado de R$ 1,8 bilhão, que superou em 7% as estimativas do JPMorgan. Resultado apoiado por melhores preços praticados pela empresa.

Além disso, a performance da unidade de celulose foi ruim, pois sentiu pressão das manutenções, segundo o banco, mas isso é não recorrente e os analistas projetam melhoria já nos três meses finais do ano.

Os papéis da Klabin tem recomendação de compra pelo JPMorgan, com preço-alvo em R$ 29.

Já os especialistas do Goldman Sachs, disseram que os resultados de celulose da Klabin foram marginalmente melhores no terceiro trimestre, com desempenho pior vindo das ações.

Os volumes de celulose foram fracos por conta do tempo de inatividade mais longo do que o esperado, destacou o Goldman. Mas a compensação veio por parte dos preços melhores – que expressaram um aumento de US$ 26 por tonelada além das expectativas – e os custos mais baixos.

“Acreditamos que há potencial de redução adicional nos custos de celulose à medida que a produção se normaliza”, acrescentam os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques, segundo o “Valor”.

O avanço gradual da ocupação dos projetos Puma 2 e Figueira seguem o volume no lado do papel, sendo parcialmente sustentados por mercados de papel locais e globais mais fortes, apesar de restrições logísticas nos portos do País terem limitado isso.

A recomendação do Goldman Sachs para a Klabin segue neutra, com preço-alvo a R$ 20.

Klabin: lucro cresce 197,6% no 3TRI24, para R$ 729 mi

A Klabin (KLBN11), maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, reportou lucro líquido de R$ 729 milhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa um aumento de 197,6% frente ao resultado do terceiro trimestre do ano passado.

O Ebtida (lucro antes de juros, imposto, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 1,805 bilhão no período, 33% maior na comparação com o 3TRI23 e acima dos 1,77 bilhão previstos pelo consenso LSEG. A margem Ebitda ajustada foi de 36%, expansão de 5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a Klabin, o aumento é explicado pelo maior preço de celulose e containerboard, maior volume vendido no segmento de papéis e embalagens e pela valorização do dólar frente ao real, a despeito do maior custo caixa no período.

A receita líquida da Klabin foi de R$ 4,999 bilhões no 3TRI24, aumento de 14% em relação com o 3TRI23, enquanto o custo caixa total por tonelada, que desconsidera os efeitos de parada geral de manutenção, apresentou alta de 4% na mesma comparação.

As despesas gerais e administrativas, por sua vez, totalizaram R$ 274 milhões no terceiro trimestre, 16% superior ao mesmo período do ano anterior. Resultado é explicado principalmente pelo maior dispêndio com serviços de consultoria para projetos estratégicos e honorários advocatícios pontuais.

endividamento líquido da companhia atingiu R$ 29,503 bilhões no final de setembro de 2024, um aumento de 41% na base anual. Já a avalancagem financeira (dívida líquida/Ebitda) ficou em 4,1 vezes, alta de 0,6 ponto percentual na comparação ano a ano.

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