Fraude

Latam devolve 500 mil milhas furtadas de ministro da Secom

Ministro da Secom relatou ocorrência, que teria atingido também ao menos 20 deputados

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Latam / Divulgação

O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, anunciou ao mercado nesta sexta-feira (1), que a Latam devolveu mais de 500 mil milhas que haviam sido furtadas de seu programa de fidelidade, em saques realizados em janeiro.

Além de Pimenta, pelo menos duas dezenas de deputados federais enfrentaram o mesmo problema.

A companhia informou, na quinta-feira (29), que estava trabalhando para providenciar o ressarcimento, porém não esclareceu se o problema estava limitado ao ministro e aos parlamentares ou se era generalizado e afetava outros clientes.

“O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, informa que a Empresa Latam, após realizar análise técnica procedeu com a devolução de seus pontos de milhagem que haviam sidos furtados”, afirmou a Secom em nota.

“A empresa ainda informou que está colaborando com as investigações para identificar os responsáveis, bem como os beneficiários da fraude”, disse a Secom.

Boletim de ocorrência

O caso foi divulgado na quinta-feira (29) ao Valor por Pimenta, que registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil.

No boletim de ocorrência, Pimenta relata que foram realizados dois saques em sua conta na Latam em 9 de janeiro, um de 334.995 pontos e outro de 86.605 pontos. Além disso, outro saque foi feito em 15 de janeiro, retirando 82.600 pontos de sua conta.

Ao todo, o ministro registra um total de 504.400 pontos retirados de sua conta de milhagem da companhia.

O ministro, que é deputado licenciado, relatou que uma de suas secretárias detectou a fraude ao tentar agendar uma passagem. Ao acessar o site da Latam, a auxiliar percebeu que seus pontos estavam zerados. Ela então procurou um guichê da Latam na Câmara dos Deputados para relatar o desaparecimento e foi aconselhada a registrar uma queixa no Departamento de Polícia Legislativa (Depol).

Os policiais informaram à funcionária que mais de duas dezenas de parlamentares também haviam enfrentado o mesmo problema.

Em nota ao Valor, o Depol confirmou a abertura de um inquérito policial para investigar a possível fraude, porém ressaltou que o inquérito está em andamento sob sigilo.

“Foi aberto inquérito policial pelo Depol, o qual está sob sigilo (conforme artigo 20 do Código de Processo Penal) para apurar os fatos. Salienta-se que a Latam está colaborando com a Polícia Legislativa”, afirmou o comunicado.