Mercado

Light (LIGT3) anuncia mudança na diretoria após renúncia

Rodrigo Tostes Solon de Pontes foi eleito como diretor financeiro e de relações com investidores

A Light (LIGT3) emitiu fato relevante na noite desta terça-feira (30) informando aos seus acionistas e ao mercado em geral uma mudança na sua diretoria executiva.

Conforme o comunicado, durante reunião do Conselho de Administração, Rodrigo Tostes Solon de Pontes foi eleito como diretor financeiro e de relações com investidores. Ele assumirá a nova função a partir da próxima segunda-feira (5).

Rodrigo entra no lugar de Valdir Gomes Barbosa Sobrinho, que renunciou nesta terça. Ele fca para cumprimento do restante do mandato, até 31 de agosto de 2024.

Rodrigo é formado em Direito com especialização em Stanford, com mais de 20 anos de experiência e grande capacidade de execução em projetos de turnaround. Atuou em posições C-Level para grandes empresas em diversos segmentos. Anteriormente à Light, atuou como CFO da Descomplica Edtech, além de experiências como CEO da CCR VLT Rio de Janeiro, CFO e COO do Comitê Olímpico Rio 2016 e CFO e CEO para América do Sul na Thyssenkrupp, entre outras.

Light apresenta nova proposta para credores

No final de 2023, a Light apresentou uma nova proposta de pagamento de dívida aos credores, que alcança R$ 11 bilhões. De acordo com o Broadcast/Estadão, o plano prevê a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações e elimina o complexo plano de recuperação judicial apresentado em julho, que foi amplamente rejeitado por credores de diferentes perfis.

Para quem aderir à proposta, o restante dos débitos, 60%, seria pago num prazo de oito anos e com remuneração equivalente à variação do IPCA mais 4% ao ano. O preço de conversão seria baseado na média das cotações dos últimos 45 dias, disseram fontes próximas às negociações.

Para quem não aderir à conversão, o prazo de pagamento seria de 15 anos, com remuneração de IPCA mais 2% ao ano.

A proposta se dá em paralelo à intenção do empresário Nelson Tanure – cuja asset WNT é a maior acionista individual da elétrica, com 30,05% – de fazer uma injeção de R$ 1 bilhão na companhia. Segundo a publicação, Tanure procurou representantes dos credores recentemente e apresentou informalmente a ideia.

O novo plano de pagamento da Light encontrou mais simpatia entre pequenos credores. Um dos motivos é o fato de que eleva de R$ 10 mil para R$ 20 mil o valor que a companhia se propõe a pagar integralmente e à vista, de acordo com as fontes. Com a elevação do teto, a companhia consegue abranger uma fatia maior dos investidores que compraram debêntures da Light.

Para um negociador ouvido pelo Broadcast, o novo formato ainda não é o ideal, mas abre caminho para negociações, o que era impossível com o plano apresentado em julho.

Contudo, a proposta de conversão não foi bem vista por negociadores dos bancos. “O problema é que, na visão deles, a proposta para quem não converte precisa ser bem ruim para forçar a conversão, que não é atrativa isoladamente. Isso gera um impasse”, disse uma pessoa próxima das negociações. “O ideal seria que as duas propostas fossem razoáveis isoladamente para atrair quem tem esse apetite e não forçar quem não tem.”

O universo de credores da elétrica abrange mais de 40 mil investidores pessoa física, 250 fundos de investimento e dez instituições financeiras, nacionais e estrangeiras, conforme a companhia. A exposição da companhia a bancos está na casa de 8% do total das dívidas.

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