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Light (LIGT3) adia assembleia de credores para 13 de setembro

O reagendamento não altera o formato da assembleia, que continuará a ser conduzida exclusivamente online

Light / Foto: Divulgação
Light / Foto: Divulgação

A Light (LIGT3), atualmente em processo de recuperação judicial, comunicou que a assembleia de credores (Bondholders) relacionada ao procedimento de “scheme of arrangement” no Reino Unido foi remarcada para o dia 13 de setembro de 2024.

Inicialmente prevista para o dia 4 de setembro, a reunião acontecerá às 14h (horário de Londres) e será conduzida virtualmente.

O “scheme of arrangement” foi iniciado em conformidade com a Part 26 do United Kingdom Companies Act 2006, sendo processado na High Court of Justice da Inglaterra e do País de Gales.

A chamada “Assembleia do Scheme”, onde os credores se reúnem, representa uma etapa essencial para discutir e decidir sobre os termos e condições do plano proposto para a reestruturação da dívida da Light.

O reagendamento não modifica o formato da assembleia, que permanecerá sendo conduzida exclusivamente de forma virtual. A Light comunicou que as instruções sobre como participar e votar na reunião já foram previamente enviadas aos credores envolvidos no processo.

Light (LIGT3) reverte lucro e tem prejuízo de R$ 51,6 milhões

Light (LIGT3) reportou um prejuízo de R$ 51,6 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo seu lucro líquido de R$ 109,4 milhões apurados um ano antes. Os dados foram divulgados na noite desta quarta-feira (14).

A receita líquida da Light (LIGT3) cresceu 11,2% nos três meses encerrados em junho, para R$ 3,722 bilhões, contra os R$ 3,346 bilhões apurados no mesmo período em 2023.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa registrou alta de 135,2% no trimestre, para R$ 623,6 milhões.

De acordo com a companhia, os efeitos da evolução dos entendimentos em relação à recuperação judicial ainda não são refletidos no balanço trimestral, pois “a companhia ainda está implementando as ações previstas no plano aprovado pelos credores em maio e homologado pelo juízo da recuperação judicial em junho deste ano”, conforme informações do “Valor”.

O principal fator que gerou perda de caixa da empresa, as perdas não técnicas — jargão do setor para o furto de energia — subiram 9,2 p.p. (pontos percentuais) nos 12 meses encerrados em junho, na comparação anual.

Com isso, as perdas não técnicas apuradas pela empresa ficaram 29,4 p.p. superiores ao limite regulatório estabelecido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que é de 39,16%. De acordo com o limite regulatório, a energia furtada até o teto de 39,16% pode ser repassada às tarifas dos demais consumidores.