A Light (LIGT3) anunciou ao mercado, que seu conselho de administração aprovou uma revisão do plano de recuperação judicial da empresa, com termos e condições projetados para melhorar o alinhamento com os interesses dos credores e demais partes interessadas.
O plano de recuperação judicial “modificativo” inclui uma série de medidas, como o aporte de recursos na Light por meio de aumento de capital, a capitalização de certos créditos por meio da emissão de títulos conversíveis e o pagamento integral aos detentores de créditos de até R$ 30 mil.
De acordo com os documentos protocolados, a Light propôs uma capitalização de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,0 bilhão proveniente de seus acionistas de referência, com base no preço médio ponderado das ações nos últimos 60 dias. O plano também inclui a concessão de um bônus de subscrição (“warrant”) de duas ações adicionais para cada nova ação.
O plano também estipula a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações, por meio de debêntures conversíveis, com um limite de adesão de R$ 2,2 bilhões. Para os credores que aderirem, o saldo restante dos débitos seria quitado ao longo de oito anos, com remuneração baseada na variação do IPCA mais 4% ao ano.
A revisão do plano ocorre após a divulgação, na semana passada, das condições em negociação com os credores desde o final do ano passado. A Light entrou com pedido de recuperação judicial em meados de 2023 e está buscando reestruturar cerca de R$ 11 bilhões em dívidas.
Em fato relevante ao mercado, a empresa afirmou que a atualização proposta tem como objetivo superar a atual situação econômico-financeira da empresa, garantindo a continuidade dos serviços do grupo. A Light presta serviços a mais de 30 municípios do Rio de Janeiro por meio de sua distribuidora de energia.
Light (LIGT3) protocola aditamento ao plano de recuperação judicial
A Light (LIGT3) protocolou, na noite de sexta-feira (23), um aditamento em seu plano de recuperação judicial apresentado em julho de 2023. Os ajustes estão em linha com o que foi acordado com credores ao longo dos últimos quatro meses, que ficaram públicos no “blow-out” (fim do acordo de confidencialidade com exposição das discussões). As informações são do “Valor Econômico”.
A principal alteração foi que a empresa cedeu um pouco no referencial de preço para a capitalização. A Light havia proposto a conversão se baseado no preço médio de 45 dias de negociação, mas os credores solicitam 360 dias, com desconto de 15%. O documento aponta que a agora, a companhia colocou a média de 60 dias.
As taxas oferecidas em novas dívidas estão em linha com a proposta anterior da organização.
O credor que apoia o plano, aceita converter 40% dos créditos em ações, via debêntures conversíveis, recebe renumeração de IPCA 4% ao ano, por oito anos. Essa opção é limitada a R$ 2,2 bilhões.