Light (LIGT3): chapa indicada por Tanure vence eleição para conselho

Com 89,4% dos votos na AGE, a chapa indicada pela WNT Gestora de Recursos, do empresário Nelson Tanure, venceu a eleição

A Light (LIGT3) tem um novo conselho de administração. Com 89,4% dos votos na AGE, a chapa indicada pela WNT Gestora de Recursos, do empresário Nelson Tanure, venceu a eleição que aconteceu na manhã desta terça-feira (18).

Os nomes sugeridos pelo empresário tiveram o apoio de outros dois dos principais acionistas da companhia: Santander PB Fundo de Investimento em Ações 1, de Carlos Alberto Sicupira, e Samambaia Master FIA, de Ronaldo Cezar Coelho.

Tanure hoje é o maior acionista da empresa, com 28% das ações. Em seguida estão Ronaldo Cezar Coelho (com 20%) e Sicupira (10%). Nos bastidores, a sinalização é de que Tanure estaria disposto a capitalizar a empresa.

O novo conselho aumentará de sete para nove integrantes e será composto por: Hélio Costa, Pedro de Moraes Borba, Wendell Oliveira, Nelson Tanure, Firmino Sampaio, Abel Rochinha, Helio Ferraz, Yuiti Lopes e Rafael Manhães Martins. Os cinco últimos nomes já faziam parte do conselho da Light eleito em abril.

Os acionistas Tempo Capital e Victor Adler retiraram o pedido de voto múltiplo na eleição. O mandato do novo conselho se encerra na assembleia ordinária de abril de 2025.

Credores sinalizam rejeição ao plano de RJ

Os credores da Light sinalizaram uma possível rejeição ao plano de recuperação judicial apresentado pela companhia, caso não haja ajustes nos termos apresentados. De acordo com informações do Info Money, a solução apresentada na última sexta-feira (14) não atendeu às condições mínimas esperadas para que o acordo seja fechado.

 Após a apresentação do plano, os stakeholders terão um prazo de 30 dias para fazer objeções, e uma assembleia deve ser realizada dentro de 90 dias para votar o plano. Segundo uma fonte próxima ao assunto, “se não houver negociação, o plano não será aceito”.

Há uma preocupação em relação ao fato de que, até o momento, a empresa não estabeleceu um canal de diálogo com os credores, o que tem gerado ceticismo entre esses agentes em relação à possibilidade de haver convergência nos termos da proposta. “Como uma primeira proposta, o plano não é ruim. A questão é a falta de disposição para a negociação”, define a fonte.

A Light apresentou, em seu plano, seis alternativas para diferentes perfis de credor. Para aprovar o plano, é preciso que os detentores de 50% mais 1 do total da dívida votem a favor. E pensando nisso, o mercado vai acompanhar de perto a realização da assembleia geral extraordinária (AGE) de acionistas da Light, agendada para as 11 horas da manhã (horário de Brasília) desta terça-feira (18).

De acordo com fontes, há informações de que Tanure, presidente da empresa, teria manifestado interesse em negociar as condições da dívida da companhia, aproximando-se dos credores. No entanto, até o momento, não há evidências concretas de que esse diálogo tenha sido estabelecido.

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