A Light (LIGT3) confirmou na quarta-feira (6) que seu Conselho de Administração aprovou a elaboração de um plano para a saída da sua recuperação judicial. A empresa, no entanto, não deu detalhes do plano e nem os termos definidos.
O comunicado surgiu em resposta a um questionamento da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a notícia de que a empresa havia desistido do pedido de recuperação judicial feito em maio à Justiça do Rio de Janeiro.
De acordo com informações do jornalista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, a Light, que tem uma dívida estimada em R$ 11 bilhões, pretende negociar diretamente com os seus credores.
Em comunicado, a Light escreveu que eventuais decisões a serem tomadas pela administração continuarão sendo pautadas “no melhor interesse da companhia e de seus stakeholders, e na continuidade da prestação dos serviços objeto das concessões”.
Light (LIGT3) desiste de pedido de recuperação judicial
O Conselho de Administração da Light (LIGT3) desistiu do pedido de recuperação judicial, que foi feito em maio à Justiça do Rio de Janeiro. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
Segundo Jardim, a Light, que possui uma dívida estimada em R$ 11 bilhões, tem o plano de negociar diretamente com os seus credores quando a decisão se formalizar.
Notícias Relacionadas
Dividendos extraordinários
Petrobras (PETR4) aprova distribuição de R$ 20 bi em proventos
Do montante aprovado pela Petrobras, R$ 15,6 bilhões serão distribuídos como dividendos intermediários
Mercado
Gol (GOLL4): ações valorizam e alcançam maior preço desde abril
Além disso, a Gol chegou a um volume negociado de R$ 54,1 milhões, três vezes maior que os R$ 16 milhões movimentados no último pregão
Apesar de ter sido deferida em 48 horas pela Justiça, a recuperação judicial da companhia de energia causou polêmica por se tratar de uma concessionária de serviços públicos, algo proibido pela legislação.
No entanto, o problema foi contornado após a Light pedir a recuperação via holding, com extensão para as subsidiárias de geração e de distribuição de energia.
Light (LIGT3) busca aproximação com MME e Aneel por nova concessão
Na tentativa de renovar a concessão da Light (LIGT3), representantes da companhia buscam uma aproximação com o MME (Ministério de Minas e Energia) e com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O atual contrato da distribuidora vence em 2026, mas a empresa, que enfrenta uma grave crise financeira, quer antecipar a renovação da concessão como parte da estratégia para superar seus problemas.
O presidente do Conselho de Administração da Light, Hélio Costa, disse em 30 de agosto que, como parte do processo de renovação da concessão, uma série de exigências foram solicitadas à empresa.
“A empresa está cumprindo essas exigências apresentadas pelo Ministério e pelo MME. Acho que até o fim do ano devemos estar com tudo mais ou menos resolvido. Nos próximos três meses temos condição de fazer praticamente tudo”, disse o executivo da Light após o encontro na sede da pasta, em Brasília.
