O Conselho de Administração da Light (LIGT3) desistiu do pedido de recuperação judicial, que foi feito em maio à Justiça do Rio de Janeiro. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
Segundo Jardim, a Light, que possui uma dívida estimada em R$ 11 bilhões, tem o plano de negociar diretamente com os seus credores quando a decisão se formalizar.
Apesar de ter sido deferida em 48 horas pela Justiça, a recuperação judicial da companhia de energia causou polêmica por se tratar de uma concessionária de serviços públicos, algo proibido pela legislação.
No entanto, o problema foi contornado após a Light pedir a recuperação via holding, com extensão para as subsidiárias de geração e de distribuição de energia.
Light (LIGT3) busca aproximação com MME e Aneel por nova concessão
Na tentativa de renovar a concessão da Light (LIGT3), representantes da companhia buscam uma aproximação com o MME (Ministério de Minas e Energia) e com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O atual contrato da distribuidora vence em 2026, mas a empresa, que enfrenta uma grave crise financeira, quer antecipar a renovação da concessão como parte da estratégia para superar seus problemas.
O presidente do Conselho de Administração da Light, Hélio Costa, disse em 30 de agosto que, como parte do processo de renovação da concessão, uma série de exigências foram solicitadas à empresa.
“A empresa está cumprindo essas exigências apresentadas pelo Ministério e pelo MME. Acho que até o fim do ano devemos estar com tudo mais ou menos resolvido. Nos próximos três meses temos condição de fazer praticamente tudo”, disse o executivo da Light após o encontro na sede da pasta, em Brasília.
Segundo ele, dentro dos próximos três meses, a companhia teria condições de apresentar todas as justificativas dentro de cada uma das questões levantadas pela Aneel e pelo MME.
Costa também disse que a intenção da administração da Light é que até o fim do ano esteja com processo de negociação com debenturistas e bancos “de acordo”. “Já estamos nesse entendimento, eles são bastante razoáveis e acreditamos termos condições de fazer aceitar algumas condições.”