Em carta aberta divulgada nesta semana, um grupo formado por 26 gestoras de fundos revelou que houve dificuldade de diálogo e de negociação com a Light (LIGT3) a partir do momento em que foram divulgadas as primeiras informações da contratação de um assessor financeiro até o pedido de recuperação judicial da empresa, que foi aceito pela Justiça do Rio de Janeiro na última segunda-feira (15).
“Quando soubemos, pela imprensa, que a companhia contratou uma assessoria especializada em empresas com problemas financeiros, buscamos obter mais informações com a atual administração da Light”, escreveram.
“Entretanto, a administração da companhia rejeitou todos os pedidos de reuniões com os credores”, acrescentaram as gestoras.
De acordo com o grupo, a primeira reunião com a Light ocorreu apenas em 3 de abril. Além disso, desde o pedido de recuperação judicial, as gestoras alegam que não houve nenhuma proposta da companhia de energia para apresentar aos seus credores.
No documento, as gestoras pediram uma “abordagem construtiva para a resolução do caso”.
“Solução essa que deve priorizar a segurança do atendimento aos consumidores, assim como o cumprimento das obrigações financeiras por parte da companhia”, disseram.
Ao todo, o grupo representa mais de três milhões de investidores pessoa física, que alocaram em fundos, e que emprestaram R$ 5 bilhões para Light.
Light (LIGT3): ações sobem após Tanure assumir 21% da elétrica
As ações da Light (LIGT3) sobem, nesta quinta-feira (18), após a empresa anunciar que a gestora WNT, do empresário Nelson Tanure, assumir 21,8% de participação na elétrica. Ás 11h41 (horário de Brasília), os papéis da empresa subiam 8,00%, a R$ 4,48.
A aquisição de Tanure foi progressiva. Na véspera, os papéis da Light também subiram depois que o executivo anunciou que havia atingido 15% de participação.