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Light (LIGT3): Morgan Stanley reitera recomendação neutra

Apesar disso, o Morgan Stanley cortou o preço-alvo da Light de R$ 7,00 para R$ 6,00

O Morgan Stanley reiterou recomendação neutra para ação da Light (LIGT3). Apesar disso, o banco norte-americano cortou o preço-alvo da companhia elétrica de R$ 7,00 para R$ 6,00.

Em relatório, o Morgan Stanley revisou suas projeções para a empresa, principalmente devido às estimativas operacionais de médio prazo mais baixas. Os analistas da casa reduziram as estimativas em 15% em média entre 2023 e 2027, refletindo principalmente a perda significativa nos resultados do segundo trimestre deste ano.

Embora o banco veja vantagens limitadas em seu novo cenário base, os analistas apontam que a Light possui diferentes drivers de valor que implicam uma ampla gama de cenários positivos para o futuro. No entanto, apesar do potencial de melhoria significativo, esse tipo de recuperação normalmente requer investimentos e despesas operacionais substanciais.

Por conta disso, para a equipe do Morgan, isso parece improvável no médio prazo, dada a estratégia da administração da Light de economizar caixa até que haja maior visibilidade nas condições de renovação da concessão, que expirará em junho de 2026.

Light (LIGT3): Tanure diz que ‘gato’ motiva crise na companhia

Nelson Tanure, principal acionista da Light (LIGT3), utilizou as redes sociais em 3 de novembro para comentar a situação da companhia. A Light S/A, holding controladora da distribuidora, está em recuperação judicial.

No Linkedin, o executivo escreveu que o furto de energia, prática popularmente conhecida como “gato”, é o principal motivo das dificuldades financeiras pelo qual a empresa passa. No texto, o executivo salientou que, nos últimos 12 meses, a Light perdeu R$ 600 milhões com o furto de energia.

“Essa situação não é sustentável, mas a companhia não tem como resolvê-la sozinha. Por isso, defendo que vamos recuperar a Light com muito trabalho e diálogo, envolvendo consumidores, governos, sociedade civil, credores e acionistas”, disse Tanure.

Na postagem, Tanure afirma que tornou-se investidor da Light há seis meses, decisão da qual ele diz se orgulhar muito. Disse também que ajudar a estruturar a recuperação da distribuidora, com conversas com credores e stakeholders, tem sido prioridade.