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Light (LIGT3) pede à Justiça retirada de geradora de RJ

Companhia disse tomou decisão após conclusão satisfatória de negociações com credores

A Light (LIGT3) emitiu fato relevante na noite desta segunda-feira (2) informando aos acionistas o pedido de retirada da sua subsidiária Light Energia do processo de recuperação judicial.

Segundo o comunicado, o Conselho de Administração da companhia decidiu tomar essa caminho devido à “conclusão satisfatória das referidas negociações extrajudiciais com seus credores e demais stakeholders”.

Segundo apuração do “Pipeline”, a Light tem um memorando de entendimentos com o Itaú, maior credor bancário da Light Energia. Segundo o site, o banco também tem atuado para os bondholders no acordo.

Ainda de acordo com a publicação, o conselho de administração entendeu que a recuperação judicial atrapalha a companhia, visto que é improvável que haja uma renovação da concessão dentro do processo.

Light anuncia novo administrador na recuperação judicial

.A Light, que está em recuperação judicial desde maio desde ano, selecionou um novo escritório de advocacia para ajudar a conduzir o processo.

De acordo com a Light, o Juízo da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro nomeou o escritório Luciano Bandeira Advogados Associados.

Nesse sentido, o dono do escritório que entrou no caso, Luciano Bandeira, é o atual presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Rio de Janeiro.

Vale destacar que, o escritório escolhido pela companhia, deverá atuar em conjunto com o atual administrador judicial, a Licks Contadores Associados.

O novo escritório ainda deverá prestar assessoria jurídica especializada na condução do processo de recuperação judicial da Light.

Segundo a Light, os advogados ainda devem aceitar o encargo, além de assinar o termo de compromisso e apresentar a proposta de honorários.

Credores pedem à CVM investigação do diretor de RI

Os advogados dos credores da Light entraram com um pedido de investigação pela CVM Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do diretor de Relações com Investidores da companhia, Eduardo Gotilla.

Nesse sentido, no ponto de vista dos representantes dos debenturistas, o executivo falha ao cumprir sua responsabilidade de assegurar a transparência no processo de negociação da empresa com seus credores, o que compromete a integridade da governança da Light.

Essa alegação se fundamenta na ação da Light, que solicitou a suspensão da eficácia das Assembleias Gerais de Debenturistas (AGD) e obteve uma decisão favorável da Justiça do Rio, que determinou a imposição de sigilo no processo envolvendo a empresa.

“A recuperação judicial da Light é um processo essencialmente público e impedir o mercado de capitais de acompanhar um caso é uma violência muito grande’, defende um dos interlocutores ouvidos pelo InfoMoney.

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