A Light (LIGT3), que se encontra em recuperação judicial, comunicou ao mercado na noite de quinta-feira (9), os resultados reportados no terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 10,923 milhões, revertendo lucro de R$ 7,88 milhões de um ano antes.
Em termos ajustados, a Light apresentou uma queda de 99,3% do lucro, que somou R$ 1,1 milhão, ante R$ 146,2 milhões de um ano antes.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado totalizou R$ 517,4 milhões no terceiro trimestre deste ano. Ou seja, uma queda de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Nos últimos três meses, a Light registrou um resultado financeiro negativo de R$ 252,2 milhões no trimestre, representando uma redução de 11,4%.
Em relação à receita líquida, esta atingiu R$ 3,495 bilhões, apresentando uma alta de 0,9%. Por fim, os custos totais totalizaram R$ 2,813 bilhões, indicando uma queda de 0,8%.
Light (LIGT3): Tanure diz que ‘gato’ motiva crise na companhia
Nelson Tanure, principal acionista da Light (LIGT3), utilizou as redes sociais nesta sexta-feira (3) para comentar a situação da companhia. A Light S/A, holding controladora da distribuidora, está em recuperação judicial.
No Linkedin, o executivo escreveu que o furto de energia, prática popularmente conhecida como “gato”, é o principal motivo das dificuldades financeiras pelo qual a empresa passa. No texto, o executivo salientou que, nos últimos 12 meses, a Light perdeu R$ 600 milhões com o furto de energia.
“Essa situação não é sustentável, mas a companhia não tem como resolvê-la sozinha. Por isso, defendo que vamos recuperar a Light com muito trabalho e diálogo, envolvendo consumidores, governos, sociedade civil, credores e acionistas”, disse Tanure.
Na postagem, Tanure afirma que tornou-se investidor da Light há seis meses, decisão da qual ele diz se orgulhar muito. Disse também que ajudar a estruturar a recuperação da distribuidora, com conversas com credores e stakeholders, tem sido prioridade.