A Light (LIGT3), empresa que se encontra em recuperação judicial, divulgou ao mercado na manhã desta sexta-feira (11), os resultados do segundo trimestre (2T23). A companhia de energia elétrica reportou um lucro líquido de R$ 109,4 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 80 milhões registrado no mesmo período em 2022.
Nesse sentido, no acumulado dos primeiros seis meses deste ano, a Light reportou um lucro de R$ 235,5 milhões, ou seja, uma alta de 140,2%, frente ao lucro de R$ 98 milhões no primeiro semestre do ano passado.
O Ebitda consolidado foi de R$ 482,8 milhões, apresentando uma queda de 28,4%, frente aos R$ 673,9 milhões reportados no primeiro trimestre de 2022. No acumulado do primeiro semestre, o Ebitda consolidado foi de R$ 1,153 bilhão frente, com uma retração de 3,4%, com R$ 1,194 bilhão reportado no primeiro semestre do ano passado.
A receita operacional líquida da companhia, por sua vez, foi de R$ 3,346 bilhões, o que representa uma queda de 1,9%, em comparação com o mesmo período em 2022 que reportou R$ 3,411 bilhões. No primeiro semestre, a receita operacional líquida atingiu R$ 6,960 bilhões contra R$ 6,954 bilhões do primeiro semestre de 2022. Isso representa uma estabilidade, já que a queda foi de apenas 0,1%.
Retração de mercado faturado
Entre abril e junho, a Light apurou que houve retração de mercado faturado no segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período no ano passado, em 210 gigawatts-hora (GWh) ocorreu tanto no mercado cativo (-193 GWh) quanto no uso de rede (-17 GWh), especialmente nas classes industrial e concessionárias.
De acordo com a Light, o menor consumo pelos setores de siderurgia e de alimentos e bebidas foi o principal responsável pela redução da classe Industrial (-111 Gwh). Já a dinâmica de mercado de outras distribuidoras vizinhas à Light levou à retração de 64 GWh na classe de concessionárias.
Ao final de junho/23, o mercado livre somava 1.928 clientes em sua base, já considerando a migração de 82 clientes no período. A geração distribuída contribuiu com 104 GWh de energia compensada no 2T23 frente a 56 GWh no 2T22, o que representou 1,7% e 0,9% da energia distribuída, respectivamente, segundo relatório que informou que a Light (LIGT3) reverteu o prejuízo.