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Light (LIGT3): Tanure diz que ‘gato’ motiva crise na companhia

Nos últimos 12 meses, a Light perdeu R$ 600 milhões com o furto de energia, segundo Tanure

Nelson Tanure, principal acionista da Light (LIGT3), utilizou as redes sociais nesta sexta-feira (3) para comentar a situação da companhia. A Light S/A, holding controladora da distribuidora, está em recuperação judicial.

No Linkedin, o executivo escreveu que o furto de energia, prática popularmente conhecida como “gato”, é o principal motivo das dificuldades financeiras pelo qual a empresa passa. No texto, o executivo salientou que, nos últimos 12 meses, a Light perdeu R$ 600 milhões com o furto de energia.

“Essa situação não é sustentável, mas a companhia não tem como resolvê-la sozinha. Por isso, defendo que vamos recuperar a Light com muito trabalho e diálogo, envolvendo consumidores, governos, sociedade civil, credores e acionistas”, disse Tanure.

Na postagem, Tanure afirma que tornou-se investidor da Light há seis meses, decisão da qual ele diz se orgulhar muito. Disse também que ajudar a estruturar a recuperação da distribuidora, com conversas com credores e stakeholders, tem sido prioridade.

Light: possível mudança de CEO agrada credores

A Light deve passar por mudanças no seu comando em breve. Ventilada já há algum tempo, a saída do CEO, Octávio Pereira Lopes pode estar próxima de se concretizar. Segundo o Infomoney, Alexandre Nogueira, atual diretor regulatório e de relações institucionais da Light, deve assumir a função.

Fontes ouvidas pelo site estão otimistas com a alteração. Segundo eles, Nogueira deve dar mais espaço para que o conselho avance nas negociações em torno de um plano de reestruturação de dívida. Segundo relatos, o executivo “gosta de compor”. Isso pode significar que, em vez de imprimir uma gestão própria, estará mais alinhado aos esforços do conselho e seus advisors para encerrar o imbróglio envolvendo o processo de Recuperação Judicial da empresa – condição que coloca em risco até mesmo a renovação da concessão da companhia.

O diálogo com o conselho, dizem as fontes, tem melhorado. Mas isso não quer dizer que um acordo seja eminente. “Eles entendem que não é possível antagonizar, mas chegar a um ‘deal’ ainda é um desafio”, afirma um dos representantes dos credores.

Octávio Lopes, por sua vez, é visto como um obstáculo ao entendimento com os detentores de uma dívida estimada em R$ 11 bilhões. A ele é atribuída tanto a decisão da empresa recorrer à Recuperação Judicial – manobra considerada ilegal para uma concessionária de serviços públicos. E também os termos considerados do plano de RJ já apresentado, considerados insatisfatórios pelos stakeholders.

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