Light (LIGT3): Nelson Tanure se interessa pelo negócio e compra ações

Empresário, conhecido por entrar em empresas como difculdades, já está em conversas com os credores da empresa

O empresário e investidor brasileiro, Nelson Tanure, está comprando ações da Light (LIGT3), que enfrenta dificuldades. Segundo o jornalista Lauro Jardim, eu sua coluna no jornal “O Globo”, já houve conversas entre Tanure e os credores da empresa.

Nelson Tanure é conhecido por investir em companhias que enfrentam dificuldades. Por meio de sua investidora Société Mondiale, Tanure tem participação na Oi (OIBR3) e, desde abril de 2019, passou a integrar o conselho administrativo da Gafisa (GFSA3),

A Oi, por sua vez, protagonizou a maior recuperação judicial na história do Brasil, com uma dívida de R$ 65,4 bilhões para negociar. Após seis anos, em dezembro de 2022, o processo terminou. Contudo, meses depois, a gigante de telecomunicações pediu novamente uma recuperação judicial (e foi aceita pela Justiça).

Já a Gafisa enfrente problemas entre seus acionistas, como a gestora Esh Capital. No começo de janeiro, a construtora obteve uma liminar para concluir a operação de aumento de capital de R$ 78 milhões, que permitiu a emissão de cerca de 13 milhões de novas ações. Essa liminar, por sua vez, foi obtida na semana anterior pela gestora, que é contra a operação.

Light (LIGT3) estuda pedir recuperação judicial, diz site

A Light estuda abrir um pedido de recuperação judicial, mesmo com mecanismo sendo proibido para concessionárias de energia pela lei 12.767, de 2012. As informações são do “Estadão”.

No entanto, a Light espera explorar outra lei relacionada ao tema, que entrou em vigor em 2021, a lei 14.112 de 2020, que altera a 11.101 de recuperação judicial de 2005. A nova versão cita as empresas que podem usufruir da lei e omite as concessionárias de energia. 

No entanto, a nova legislação não revogou seu antecessor, ou seja, a proibição para empresas de energia continua valendo, mas pode também haver a interpretação de que, ao apontar as empresas que podem usar esse instrumento, configura uma sobreposição da antiga lei. 

Contudo, a elétrica salientou que não tem intenção de pedir desconto aos credores e sim prolongar os vencimentos e e obter carência nos pagamentos. A empresa segue realizando os pagamentos dos débitos

Para os credores, a preocupação são os vencimentos que estão mais próximos que somam R$ 1,3 bilhão. Uma outra saída para a Light é realizar os pedidos de recuperação para as outras empresas do grupo e se beneficiar de algumas matérias da lei.