O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), destacou, nesta terça-feira (18), que a autonomia operacional do Banco Central, instituída por lei em 2021, fortaleceu a credibilidade da política monetária do País.
“A autonomia do Banco Central aumentou a credibilidade da nossa política monetária”, disse Lira no evento CNN Talks.
Segundo Lira, o projeto de lei que instituiu a autonomia do BC foi uma das reformas econômicas promovidas pela Câmara com o objetivo de colocar o país na “direção correta”.
Ele também elogiou os projetos do arcabouço fiscal e da reforma tributária do consumo, ambos aprovados no ano passado, por contribuírem para “racionalizar” a política fiscal brasileira.
As declarações foram feitas um dia antes do anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic. A expectativa do mercado é que a taxa seja mantida no nível de 10,50% ao ano, encerrando um ciclo de sete cortes consecutivos.
Críticas de Lula
Anteriormente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva renovou suas críticas à atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alegando que o líder da instituição está agindo para prejudicar o país.
Lula também levantou questionamentos sobre a autonomia de Campos Neto e mencionou a necessidade de entender a quem ele está subordinado.
O projeto de autonomia do Banco Central estabeleceu um mandato fixo de quatro anos para o presidente da instituição. Isso resultou em uma situação inédita, onde Lula não pôde realizar uma substituição imediata na liderança ao assumir o cargo, tendo que conviver com o indicado por Jair Bolsonaro até o final deste ano.
Lula e Lira se reúnem entre conversas sobre taxação de compras
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estiveram juntos nesta terça-feira (28), enquanto correm as negociações quanto à taxação de imposto de importação sobre compras internacionais de até US$ 50.
Ao mesmo tempo, deputados e senadores também se reuniram para seguir com a análise de votação de vetos do presidente. Na semana anterior, a sinalização de Lula indicou a possibilidade de vetar o projeto, em caso de retorno da taxação.
Além disso, o governo Lula também tem empregado esforços no convencimento dos parlamentares pela manutenção do veto às “saidinhas”, de acordo com o “O Globo”.
Anteriormente, as restrições às saídas temporárias de presos tinham maior apoio no Congresso. Contudo, manter as “saidinhas” visa um aceno à oposição quanto a punição à disseminação de fake news.
O trecho havia sido vetado por Jair Bolsonaro, ex-presidente, na legislação que ocupou o lugar da LSN (Lei de Segurança Nacional). Segundo o veículo, no início de maio o governo usou a apreciação dos vetos na LSN como barganha para evitar uma derrota nas “saidinhas”.