Discussões entre os investidores quanto a alocação de capital da JBS (JBSS3) foram desencadeadas devido à desalavancagem mais rápida que o previsto. O mercado aguarda a listagem da ação nos EUA, que deve ficar para o ano que vem.
A JBS, que atualmente é a maior processadora de carnes do mundo, registrou uma alavancagem de 3,06 vezes no segundo trimestre. Esse indicador foi maior nos 3 meses anteriores, em 3,70 vezes e, enquanto um ano antes encerrou o período em 3,87 vezes.
Em dólar, o indicador ficou em 2,77 vezes, de 3,66 vezes e 4,15 vezes, respectivamente.
“Nós acreditamos que as empresas de alimentos no nicho de processados podem ser alvos potenciais neste cenário”, afirmaram Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto, analistas do Itaú BBA, em relatório enviado a clientes, segundo o “InfoMoney”.
A listagem das ações no mercado norte-americano, segundo os analistas, continua sendo uma prioridade para a JBS, mas consideram improvável que ocorra neste ano.
“Embora o cronograma para os próximos passos no posicionamento da SEC (órgão que regula o mercado de capitais dos EUA) sobre o acordo ainda não esteja claro, notamos que as expectativas dos investidores agora estão mirando o primeiro semestre de 2025”, acrescentaram.
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Seria preciso ao menos 90 dias para a sessão de votação ocorrer, explicaram os analistas, uma vez que o acordo seja aprovado pela SEC.
“Seguindo esse cronograma, e se aprovado em todas as instâncias, é improvável que o acordo possa se materializar em 2024”, afirmou Troyano e Tomazetto.
O Itaú BBA reforçou a perspectiva positiva para a JBS, levando em conta os resultados favoráveis do 2TRI24, afirmando que as margens de curto prazo devem seguir sólidas.
“Quando (isso é) combinado com as perspectivas de aumento do fluxo de caixa do acionistas (FCFE) da empresa para 2024, isso reforça nossa perspectiva positiva sobre a empresa”, escreveram no relatório publicado no final da segunda-feira.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para os papéis JBSS3, com preço-alvo de R$ 39.
