Livro Bege: atividade econômica dos EUA pouco mudou

Atividade econômica dos EUA teve poucas alterações nas últimas semanas, segundo o Livro Bege

O Livro Bege, sumário de opiniões que embasa as decisões monetárias do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), foi divulgado nesta quarta-feira (19). De acordo com o documento, a atividade econômica dos EUA mudou pouco nas últimas semanas, com moderação leve no crescimento do emprego e aparente desaceleração dos aumentos de preços.

“As expectativas de crescimento futuro também permaneceram praticamente inalteradas; no entanto, dois distritos viram as perspectivas se deteriorarem”, relatou o Fed.

A última leitura do Fed sobre a economia fornece um retrato das condições de empresas e do mercado de trabalho após a falência de dois grandes bancos regionais dos EUA em meados de março, que abalou a confiança no setor financeiro.

No Livro Bege, os dirigentes do Federal Reserve ainda escreveram que, embora o estresse bancário inicial pareça ter diminuído, eles estão observando atentamente os sinais de que bancos estão reduzindo os empréstimos e restringindo o crédito.

Além disso, a instituição monetária escreveu que os níveis gerais de preços aumentaram moderadamente nos EUA, embora a taxa de aumentos de preços parece ter desacelerado. De acordo com o Livro Bege, também foram observadas quedas modestas acentuadas nos preços de insumos não trabalhistas e custos de frete significativamente mais baixos no último período.

Fed: ata do Fomc diz que integrantes consideraram pausa nas taxas

O Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) divulgou nesta em 12 de abril a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). De acordo com documento, muitos integrantes da instituição monetária chegaram à reunião dos últimos dias 21 e 22 de março acreditando que seria apropriado manter a taxa de juros estável, mas optaram por mais uma alta.

Segundo a ata, alguns diretores do Fed observaram que interromper o ciclo de alta dos juros permitiria mais tempo para o FOMC avaliar os efeitos econômicos dos recentes desenvolvimentos do setor bancário e do aperto da política monetária.

Apesar disso, esses mesmos participantes também julgaram apropriado aumentar a taxa em 0,25 ponto percentual por conta do compromisso de reduzir a inflação para a meta de 2% de longo prazo.

Na última reunião do FOMC, os integrantes do Federal Reserve concordaram que a inflação permaneceu bem acima da meta e que os dados recentes sobre a inflação forneceram poucos sinais de que as pressões inflacionárias estavam diminuindo em um ritmo suficiente para retornar a inflação a 2%.

Além disso, os dirigentes do Fed também observaram que os desenvolvimentos recentes no setor bancário provavelmente resultariam em condições de crédito mais restritas para famílias e empresas e afetariam a atividade econômica e a inflação.