As ações da Lojas Renner (LREN3) foram elevadas para “outperform” (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) pelo Itaú BBA (ITUB4). A casa ainda estipulou um preço-alvo de R$ 27 para o final de 2023.
“Nossas estimativas para 2023 indicam um nível de receita um pouco abaixo do nível normal da Renner, já que a empresa lida com as consequências dos desafios da financeira Realize, com os investimentos contínuos em infraestrutura logística e o cenário econômico mais ameno”, escreveram os analistas do banco.
No entanto, os analistas reiteram que veem os papéis da varejista sendo negociados com múltiplos descontados em relação aos seus números históricos. “Em poucas palavras, estamos comprando as ações em um múltiplo marcadamente baixo sobre lucros da parte baixa do ciclo.”
Para 2023, o Itaú BBA prevê que a Renner tenha um lucro líquido de R$ 1,369 bilhão, com receita líquida de varejo de R$ 12,862 bilhões. Para o ano seguinte, calcula lucro de R$ 1,636 bilhão e receitas de R$ 14,535 bilhões.
De acordo com Felipe Rached, Irma Sgarz e Gustavo Fratini, a queda recente dos ativos da companhia ocorreu devido ao ajuste das expectativas dos investidores para as vendas de curto prazo.
“Reconhecemos que as revisões consecutivas para baixo dos lucros prejudicaram a confiança do investidor, mas esperamos que as revisões dos lucros se estabilizem a partir daqui”, escreveu a equipe de análise do banco sobre a Lojas Renner.
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Recentemente, a Lojas Renner (LREN3) reportou um lucro líquido de R$ 257 milhões no terceiro trimestre de 2022, uma alta de 50% sobre o mesmo período do ano anterior, segundo comunicado enviado pela companhia ao mercado nesta quinta-feira (3).
A projeção do mercado para a Lojas Renner, segundo a “Bloomberg”, era de um lucro de R$ 212 milhões. A receita líquida do varejo foi de R$ 2,6 bilhões, alta de 10% ante o mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total subiu 50% no intervalo, a R$ 460 milhões. O crescimento de vendas em mesmas lojas desacelerou para 7,9%, contra 39,5% no ano anterior.
Segundo a Renner, suas vendas foram impactadas pelo clima mais frio, tanto no segundo trimestre, onde as temperaturas mais baixas do que a média histórica geraram antecipação de cerca de 5% do volume esperado para julho e setembro, quanto no terceiro trimestre, na transição da coleção primavera-verão.
