Luiza Trajano faz abaixo-assinado pedindo redução da Selic

Esta não é a primeira vez que Trajano articula uma ação pela redução do juro no país

A  empresária presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Trajano, segue incomodada com a taxa de juros, dessa vez, anunciou um abaixo-assinado pedindo a redução da taxa básica de juros (Selic), que é definida pelo Banco Central, segundo  a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Sendo assim, esta não é a primeira vez que a Trajano age pela redução da taxa de juros no país. Isso porque, no mês passado, a empresária cobrou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, por uma redução na Selic durante um evento do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).

Nesse contexto, Trajano afirmou que ligou para Campos Netos “mais de vinte vezes” para discutir a questão do elevado nível da taxa básica de juros no Brasil, em 13,75% ao ano desde agosto de 2022.

“Nem sempre esse remédio amargo também resolve a inflação. Não é a primeira vez, nós já tivemos muito remédio amargo. Se estou defendendo, é por causa da pequena e média empresa. Queria te pedir: por favor, dê um sinal de baixar esses juros”, disse a empresária para Campos Neto.

“A nossa realidade é diferente. O varejo puxa tudo, a indústria, a construção… Estamos tendo excesso de produto, as indústrias não têm onde colocar. Nem sempre esse remédio amargo resolveu a inflação”, informou Trajano sobre a taxa de juros.“Se estou defendendo [a queda da Selic], é pela pequena e média empresa. Queria lhe pedir, por favor, para dar um sinal de baixar esses juros”, completou Trajano, dirigindo-se a Campos Neto.

BC dá sinal de queda na Selic

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a maioria dos membros da autoridade monetária manifestaram a possibilidade de iniciar o processo de afrouxamento monetário na próxima reunião, que ocorrerá em agosto, ao mesmo tempo que uma minoria adotou uma postura mais cautelosa.

A descrição desse debate está na Ata da última reunião do Copom, realizada entre os dias 21 e 22 de junho e que decidiu pela manutenção da Selic em 13,75%. 

“Entretanto, os membros do Comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”, consta na ata da reunião.

O BC afirmou que, embora alguns fatores favoráveis tenham contribuído para a atual dinâmica da inflação no Brasil, o processo de desinflação ainda se encontra em um estágio que requer serenidade e paciência na condução da política monetária. “As expectativas de inflação seguem desancoradas das metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), embora tenha ocorrido uma pequena diminuição da desancoragem na margem”, afirmou o documento.

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