Lula demonstra confiança na aprovação da reforma tributária

Segundo Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está seguro da aprovação da reforma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (24), em Paris, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), está seguro da aprovação da reforma tributária. O relatório sobre a reforma deverá ser votado na Câmara dos Deputados em julho.

De acordo com Lula, Haddad está entusiasmado com as conversas no Congresso e disse que as “coisas estão andando bem” no Brasil.

“Haddad está certo que a gente vai aprovar a reforma tributária”, revelou Lula. “Será a primeira reforma tributária em tempo de democracia, a última foi em 1964. Fazer reforma tributária com golpe é muito fácil, agora fazê-la democraticamente num Congresso que não temos maioria significa que você tem de ter habilidade para construir essa maioria”, acrescentou.

O petista ainda elogiou o envolvimento do ministro da Fazenda na articulação política com os líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso. “Haddad tem sido um mestre na articulação com o Congresso Nacional”, pontuou Lula.

Lula: Por que Brasil e Argentina têm que fazer comércio em dólar?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender nesta sexta-feira, durante uma cúpula financeira global em Paris, que os países façam comércio bilateral sem utilizar o dólar e disse que pretende levar este tema para discussão na próxima reunião dos Brics.

O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul tem encontro marcado para agosto em Johanesburgo.

“É preciso criar novas moedas para a gente fazer comércio. Por que Brasil e Argentina têm que fazer comércio em dólar? Essa discussão está na minha pauta e, se depender de mim, vai acontecer na reunião dos Brics e na reunião do G20, que tem que ter mais países africanos”, disse Lula durante discurso na Cúpula do Novo Pacto de Financiamento, realizada na capital francesa.

Lula tem defendido que os países possam fazer comércio em moedas alternativas ao dólar, em uma medida que tiraria poder dos EUA, especialmente a capacidade norte-americana de impor sanções econômicas.

“Precisamos parar de fazer proselitismo com recursos internacionais. Por isso estou otimista com Banco dos Brics, com a discussão de moeda de comércio”, acrescentou.

Após sua chegada a Paris, o presidente Lula terá um almoço de trabalho com o presidente da França, Emmanuel Macron, na sexta-feira. Durante o encontro, eles discutirão diversos assuntos, incluindo uma resolução aprovada no Parlamento francês que se opõe a um acordo de livre comércio entre a UE (União Europeia) e o Mercosul.

Em seu discurso durante a cúpula financeira em Paris, Lula também mencionou que a carta adicional enviada pela União Europeia ao Mercosul sobre o possível acordo comercial entre os dois blocos dificulta a concretização do pacto.