Lula cita possibilidade de isenção fiscal para setor automotivo

Lula disse que irá se reunir com a indústria automobilística e sindicalistas para discutir financiamento e produção de automóveis do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse nesta quinta-feira (6) que irá se reunir com a indústria automobilística e lideranças sindicais para discutir o financiamento e produção de automóveis do Brasil.

Lula afirmou que planeja se reunir com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e sindicalistas para a discussão de uma programação “que pode envolver alguma política de isenção fiscal”.

 “Precisamos ter uma discussão mais profunda do que queremos da indústria automobilística brasileira porque também precisamos assumir a responsabilidade de facilitar o financiamento de carro”, pontuou.

Segundo o presidente, não adianta aumentar a produção automobilística no Brasil se não houver mercado interno. “Não está fácil comprar um carro hoje”, disse. “Não vamos ficar produzindo carro para um povo que não pode comprar.”

O presidente disse que a indústria automobilística também será tema de debate de sua viagem à China, prevista para acontecer na próxima semana.

Segundo o chefe do Executivo, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), está no país asiático e sinaliza um acordo com a China de acordo com a potência para a produção de carro elétrico no Estado, na fábrica da Ford. “Me interessa ter carro elétrico no Brasil”, afirmou.

 Com informações do Infomoney.

 

“Se meta da inflação está errada, muda-se a meta”, diz Lula

Na conversa com jornalistas, Lula voltou a defender a revisão da meta da inflação seguida pelo Banco Central. “Se a meta da inflação está errada, muda-se a meta”, disse Lula, ao ser questionado sobre o que era necessário para reduzir a taxa de juros. “Vamos ter que encontrar um jeito para que o Banco Central comece a reduzir as taxas de juros”, completou.

Segundo o presidente, é “humanamente impossível” o Brasil crescer com o atual patamar da Selic. A taxa básica de juros está no patamar em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado.

No começo do ano, o Lula iniciou um debate sobre as metas de inflação. Ele dizia que 3% era uma meta muito baixa e que isso estava fazendo com que a Selic fosse mantida em um patamar alto.

“Você estabeleceu uma meta de inflação de 3,7% [a meta estipulada para 2023 é de 3,25%] e quando faz isso é obrigado a arrochar mais a economia para poder atingir a meta. Por que não 4,5%, como nós fizemos?”, chegou a dizer Lula, na época.

As metas de inflação para 2023, 2024 e 2025 são de 3,25%, 3% e 3%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Depois de muita negociação, o presidente foi convencido de que aquele não era o momento para brigar por uma mudança das metas e que dados mostravam que a revisão dessas metas também não garantiam uma melhora na inflação ou na taxa básica de juros.

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