Mais críticas

Lula critica juros altos no Brasil: 'sem nenhuma explicação ou critério'

Em entrevista, o presidente ainda falou sobre a possível geração de empregos que pode vir da legalização de jogos de azar

Lula
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)/ Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Lula (PT) voltou a criticar o nível da Selic no Brasil. Em entrevista à Rádio Meio Norte, ele declarou que “a taxa de juros permanece em 10,5% sem nenhuma explicação e nenhum critério”.

Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) encerrou o ciclo de cortes da Selic, mantendo os juros no mesmo patamar.

Vale destacar que, a decisão foi unânime, ao contrário da reunião anterior, onde os diretores indicados por Lula defenderam um corte maior nos juros, enquanto os demais optaram por uma redução menor, que acabou sendo implementada.

Na entrevista, Lula também abordou temas como os jogos de azar e a aprovação de seu governo.

Durante a conversa, o presidente afirmou que “não é favorável aos jogos de azar”, mas ponderou que “não considera que seja crime”.

Lula afirmou, no entanto, que “caso o Congresso aprove”, ele “não acha que é verdade que vai gerar dois milhões de empregos”, mas defendeu que a ideia pode ajudar na criação de postos de trabalho. “Falam que o pobre vai perder o dinheiro dele no cassino, o pobre não vai no cassino, ele vai trabalhar no cassino”, afirmou.

Durante a entrevista, Lula também abordou sua relação com o Congresso e avaliou o desempenho do governo.

O presidente afirmou estar “muito tranquilo” quanto à aprovação de seu mandato e mencionou que “demora para as pessoas compreenderem o que o governo está fazendo”. Lula ainda assegurou que o PIB terá um crescimento maior neste ano, destacando: “Estamos conscientes de que coisas estão acontecendo”.

Relação de Lula com Congresso

Sobre sua relação com o Congresso, o presidente afirmou que “até hoje, não perdeu nenhum projeto de interesse do governo”. Lula afirmou que precisará ter cuidado nas eleições para prefeito porque “tem uma base muito heterogênia”.

“Estarei fazendo jogo com muito cuidado porque a eleição termina e a vida continua”, disse. Ele ainda destacou que “vai precisar continuar tendo relação com Congresso”.

Por fim, o presidente ainda voltou a defender seus ministros e disse “não ver necessidade em fazer reforma ministerial”, uma vez que está “satisfeito” com os nomes indicados. “Não preciso fazer reforma, a hora que precisar vou mudar as pessoas”, disse Lula.

No último fim de semana, Lula saiu em defesa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e disse que ele “jamais ficará enfraquecido no cargo”.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile