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Lula diz que Brasil cresceria mais de 3% este ano se juros estivessem mais baixos

Lula mencionou que o Brasil tem potencial para crescer tanto em 2024 quanto em 2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta terça-feira (12), que a economia brasileira deverá crescer 3% este ano e poderia se expandir ainda mais caso as taxas de juros estivessem mais baixas. Lula reiterou o apelo para uma diminuição da taxa Selic pelo Banco Central.

Durante a cerimônia para anunciar investimentos de bancos públicos nos Estados, Lula mencionou que o Brasil tem potencial para crescer tanto em 2024 quanto em 2023. Ele enfatizou a necessidade de influenciar a política de juros, sugerindo que é preciso “mexer com o coração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto“. 

Lula também destacou que os governadores podem desempenhar um papel importante nessa tentativa de redução das taxas de juros. A Selic está atualmente em 12,25%, e há ampla expectativa de que o Banco Central promoverá um quarto corte consecutivo de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros quando encerrar sua reunião de política monetária, na quarta-feira (13).

Influência de Lula e Haddad é colocada em jogo no Congresso

Ministério da Fazenda está trabalhando intensivamente para aprovar medidas cruciais de arrecadação, visando aproximar o governo da meta fiscal de eliminar o déficit antes do recesso de final de ano do Congresso.

Entretanto, o ministro Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terão que demonstrar habilidade política e empregar toda a sua persuasão (e influência) para conquistar o apoio dos parlamentares. Isso se deve ao fato de que os projetos estão encontrando obstáculos significativos.

No Senado, o projeto de tributação das apostas esportivas, conhecido como bets, está programado para votação ainda hoje. Este texto  não ganhou apoio dos senadores, resultando em adiamentos repetidos da votação. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, surge um problema mais sério: a medida provisória referente às subvenções do ICMS corre o risco de não ser aprovada.

Essa medida representa a principal estratégia de Haddad para impulsionar as receitas, mas o texto pode passar por modificações, uma vez que o Congresso busca a obtenção de R$ 6 bilhões em recursos adicionais e a resolução de impasses relacionados à liberação de emendas parlamentares para destravar as agendas legislativas.