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Lula diz que Brasil nunca será membro efetivo da Opep

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou no domingo (3), que o Brasil não se tornará membro efetivo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), mesmo que opte por ingressar na aliança expandida Opep+ apenas como observador, visando exercer influência.

Lula descartou a existência de contradição entre a participação potencial do Brasil na Opep+ e as políticas de seu governo voltadas para a preservação ambiental e a transição para fontes de energia mais sustentáveis.

“Não tem nenhuma contradição, o Brasil não será membro efetivo da Opep nunca, agora o que nós queremos é influir”, disse Lula em entrevista coletiva em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde participou da COP28, a cúpula do clima da ONU.

“O nome é tão chique que só por ser chique o Brasil poderia entrar, Opep Plus, mas poderia ser observador. Observador vai ouvir, dar palpite e por que é importante o Brasil participar? O Brasil é observador do G7”, destacou.

Lula confirma ingresso do Brasil na Opep+ e diz atuação será pela transição energética

presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no último sábado (2), a adesão do Brasil à Opep+, um grupo de observadores que colabora em discussões com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

“É que nem eu participar do G7 [grupo das sete maiores economias do mundo]. Participo do G7 desde que ganhei para presidente da República. Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomam a decisão. E venho embora. Não apito nada”, disse o presidente.

Durante sua participação em um dos eventos da COP28 nos Emirados Árabes, o presidente destacou que um dos compromissos do Brasil será persuadir os principais produtores a se prepararem para a transição energética e o declínio do uso de combustíveis fósseis.

“Se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram para fazer investimento, para que os continentes como o africano e a América Latina possam produzir os combustíveis renováveis que eles precisam, sobretudo o hidrogênio verde. Porque se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis”, prosseguiu o presidente.

O convite para a participação do Brasil ocorreu no início desta semana, após a visita de Lula à Arábia Saudita. A Opep, que congrega os principais produtores globais de petróleo, desempenha um papel crucial no gerenciamento da oferta do produto, visando manter a commodity em níveis economicamente viáveis.