O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (3), que o Brasil “nunca” será fiscalmente irresponsável. Segundo ele, o País deve manter a tranquilidade e corrigir qualquer desajuste que possa surgir.
“Estejam certos de que a comida vai ficar barata e que esse País jamais será irresponsável do ponto de vista fiscal”, disse Lula a jornalistas, após evento de lançamento do Plano Safra 2024/2025 nesta quarta-feira. A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto.
Para reduzir as incertezas sobre o cumprimento das regras fiscais estabelecidas pelo governo, Lula mencionou sua experiência de 10 anos na presidência da República, destacando sua capacidade de lidar com os desafios que surgem.
“Sou o presidente com mais experiência de resolver problemas nesse país”, afirmou o presidente.
Quando questionado sobre a recente alta do dólar provocada por suas declarações em entrevistas, Lula afirmou que não está acompanhando o movimento da moeda. “Estou aqui lançando o mais importante Plano Safra para a agricultura brasileira e você vem me perguntar de uma coisa que não estou acompanhando?”, questionou o chefe do Executivo.
Lula convoca reunião para discutir alta do dólar
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a tese de que a recente valorização do dólar é fruto de “especulação contra o real”, após a moeda norte-americana atingir R$ 5,65 na última segunda-feira (1º), o maior valor desde 10 de janeiro de 2022.
Lula anunciou que realiza uma reunião em Brasília, nesta quarta-feira (3), para discutir medidas contra a especulação que, segundo ele, estaria por trás da alta do dólar.
“É um absurdo. Veja, obviamente, me preocupa essa subida do dólar. É uma especulação. Há um jogo de interesse especulativo contra o real neste País”, declarou o presidente.
A postura mais intervencionista de Lula não caiu bem entre os investidores, que já enfrentam incertezas externas, como a taxa de juros nos EUA.
O aumento do câmbio é um dos impactos imediatos dessa abordagem presidencial, podendo afetar rapidamente a economia real. Isso desorganiza o planejamento das empresas e pressiona a inflação. O efeito seria oposto ao objetivo de Lula, que é a redução da taxa de juros.